Soldados ucranianos treinarão com blindados prometidos por Boris Johnson a Kiev em solo britânico

Na visita de Boris Johnson a Kiev para se reunir com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o premiê prometeu que forneceria à Ucrânia 120 veículos blindados. O treinamento para utilização desses veículos será no Reino Unido.

Soldados ucranianos receberão treinamento no Reino Unido, disse o ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, em entrevista à rádio LBC na terça-feira (12). Heappey observou que os soldados serão treinados para dirigir e operar veículos blindados que Londres fornecerá a Kiev. O treinamento acontecerá em solo britânico, explicou a autoridade.

No total, 120 veículos blindados estão em processo de preparação e as tropas ucranianas que os operarão chegarão ao Reino Unido nos próximos dias para aprender a dirigir e comandar esses veículos.

"120 veículos blindados estão sendo preparados e as tropas ucranianas que vão conduzi-los chegarão ao Reino Unido nos próximos dias para aprender a dirigi-los e controlá-los", explicou Heappey, acrescentando que o país britânico planeja enviar à Ucrânia "mais sistemas de armas de tanques e antiaéreos", bem como "armas guiadas de precisão".

Na semana passada, soube-se que o governo de Boris Johnson fornecerá um pacote adicional de ajuda militar à Ucrânia de mais de US$ 130 milhões (R$ 607 milhões) em meio à operação militar da Rússia. Além disso, o premiê prometeu "apoio inabalável" a Kiev e concordou para fornecer veículos blindados e novos sistemas de mísseis antinavio.

Nesta imagem fornecida pelo Gabinete de Imprensa Presidencial ucraniano, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson estão sentados antes de sua reunião, em Kiev, Ucrânia, 9 de abril de 2022

© AP Photo / Gabinete de Imprensa Presidencial ucraniano

Em 25 de março, o chefe da Diretoria de Operações Militares do Estado-Maior da Rússia, Sergei Rudskoi, afirmou que o Ministério da Defesa russo estava monitorando as declarações de "alguns países" sobre a possível entrega de aeronaves e sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia. "Não vamos ignorá-los", alertou.