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Chanceleres da UE não chegaram a acordo sobre sanções a óleo e gás russos, diz Borrell

© REUTERS / Johanna GeronO chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Josep Borrell, toca um sino no dia de um Conselho de Relações Exteriores, em Bruxelas, Bélgica, 21 de março de 2022
O chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Josep Borrell, toca um sino no dia de um Conselho de Relações Exteriores, em Bruxelas, Bélgica, 21 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 11.04.2022
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Nesta segunda-feira (11), o chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Josep Borrell, admitiu que ainda não há consenso sobre as sanções a óleo e gás russos e que a discussão sobre o tema deve continuar.
Em meio à escalada de tensões na crise europeia, os chanceleres da União Europeia, em reunião convocada pelo chefe das Relações Exteriores do bloco, Josep Borrell, em Luxemburgo, ainda não chegaram a um consenso sobre as sanções a óleo e gás russos, mas concordaram em continuar as discussões.
"Nós continuamos discutindo como implementar essas sanções para evitar qualquer tipo de brecha. Medimos o impacto que essas sanções estão causando na economia russa e continuaremos discutindo para ver o que mais pode ser feito. Nada está fora da mesa, incluindo sanções sobre petróleo e gás, mas hoje nenhuma decisão foi tomada, apenas uma discussão geral analisando os números", disse ele.
Além das questões energéticas e econômicas debatidas, os representantes concordaram em dar maior assistência militar a Kiev, apesar de apelos como os da China para que o conflito caminhe nos trilhos da diplomacia.
O chefe das Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia (UE), Josep Borrell, fala com a mídia antes de reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no prédio do Conselho da UE em Bruxelas, Bélgica, 4 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 10.03.2022
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Sanções e contradições

Desde que os EUA decidiram implementar a bateria de sanções contra a Rússia em face a sua operação especial militar na Ucrânia, Biden e seus aliados, como os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), instaram a UE e o resto do mundo a potencializar tais sanções aderindo ao modelo de "guerra híbrida" adotado pelos norte-americanos.
No entanto, a UE depende fortemente do fornecimento de gás russo e apesar de a interrupção do serviço nunca ter sido proposta por Moscou, os países da União Europeia preferiram seguir os Estados Unidos no que pode significar um desastre de proporções ainda não calculadas.
Países como a Alemanha já vinham enfrentando dificuldades energéticas por conta da baixa produção registrada durante os períodos de lockdown em função da pandemia de COVID-19. O projeto Nord Stream 2, em parceria com Moscou, estava em vias de ser concluído para solucionar parte do abastecimento alemão quando o conflito se estabeleceu na Ucrânia apesar dos esforços diplomáticos russos.
Ainda na semana passada (7), Washington proibiu a importação de óleo e gás russos, mas efetivamente a medida não tem impacto sobre sua economia, uma vez que os EUA além de serem um grande produtor de petróleo e contarem com a maior reserva do mundo, importavam apenas 8% do setor energético, dos quais apenas 3% eram de petróleo bruto, diferentemente da UE cuja importação está na casa dos 30% para petróleo e 40% para o gás.
Na ocasião do encontro de líderes, os EUA sugeriam o boicote ao óleo e gás russos afirmando que poderiam suprir tal necessidade, por um valor superior, o que pode fazer com que a crise de segurança energética na Europa se acentue ainda mais.
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