EUA colocarão sistema de mísseis Patriot na Eslováquia, anuncia Pentágono

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse nesta sexta-feira (8) que os EUA vão estabelecer um sistema de defesa aérea MIM-104 Patriot e tropas norte-americanas na Eslováquia, um dos países aliados da OTAN.

De acordo com declaração de Lloyd, divulgada nesta sexta-feira (8), a decisão de reposicionar o sistema de mísseis Patriot dos Estados Unidos para a Eslováquia foi uma resposta ao envio do sistema de defesa aérea S-300 do Exército eslovaco para a Ucrânia.

"Saúdo a generosidade do governo eslovaco em fornecer um sistema de defesa aérea S-300 para a Ucrânia. Sob minha direção e a convite da Eslováquia, o Comando Europeu dos EUA reposicionará um sistema de mísseis Patriot, tripulado por membros do serviço dos EUA, para a Eslováquia", disse o secretário de Defesa em comunicado de imprensa.

Após a divulgação do comunicado pelo Pentágono, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agradeceu a ajuda da Bratislava à Ucrânia e esclareceu que a decisão de enviar o sistema Patriot foi um movimento para "garantir a continuidade da segurança da Eslováquia".

O poderoso sistema de mísseis antiaéreos Patriot é capaz de derrubar drones, aeronaves, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos em um raio de 160 quilômetros. A expectativa do governo norte-americano é que o sistema e os soldados cheguem à Eslováquia nos próximos dias.

No mês passado, a Alemanha e os Países Baixos também enviaram três conjuntos de mísseis Patriot para a Eslováquia, e os EUA posicionaram dois sistemas adicionais no leste da Polônia. Esses armamentos farão parte de um novo grupo de batalha da OTAN, que está sendo estruturado na Eslováquia.

A Aliança Atlântica já tem quatro grupos de batalha na Polônia e nos Estados Bálticos. Os novos grupos de batalha estão sendo enviados para a Eslováquia, Romênia, Bulgária e Hungria.

Esse incremento na presença militar em países membros e aliados da OTAN se intensificou após o início da operação especial militar russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro.

Entre os principais objetivos da operação estão a "desmilitarização e desnazificação" do território ucraniano para proteger a população da região de Donbass e para prevenir um ataque contra a Rússia a partir da Ucrânia em meio às ações agressivas da OTAN e ao avanço do bloco para o Leste Europeu.