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Pesquisadores italianos trazem à tona comidas oferecidas a antigos egípcios pós-morte (FOTOS)

© Foto / Museu Egípcio de TurimOs objetos precisam ser fechados com um filme plástico para que o aparelho consiga fazer as medições
Os objetos precisam ser fechados com um filme plástico para que o aparelho consiga fazer as medições - Sputnik Brasil, 1920, 05.04.2022
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Especialistas chegaram à conclusão de que os antigos egípcios enviavam seus entes queridos para a vida após a morte com jarros de cera de abelha, peixe seco, unguentos rituais e outros alimentos.
A nova pesquisa foi realizada por arqueólogos italianos e publicada na revista acadêmica Journal of Archaeological Science. Para analisar os jarros e vasos fúnebres, os pesquisadores utilizaram um espectrômetro de massa transportável (SIFT-MS, na sigla em inglês), que é capaz de detectar os aromas de forma não invasiva.

"O design experimental e a abordagem analítica que utilizamos não precisam de amostras do próprio material investigado, pois o SIFT-MS analisa as moléculas orgânicas voláteis que estão no ar e que estão em contato com o material. Concentramos os voláteis liberados colocando os recipientes em sacos plásticos inertes por cerca de uma semana antes das medições", explicou a pesquisadora do Departamento de Química da Universidade de Pisa, Francesca Modugno.

Para realizar o estudo, os arqueólogos fizeram testes em 50 jarros de rituais fúnebres egípcios de dois indivíduos do alto escalão da Necrópole Deir el-Medina em Luxor, na Cisjordânia, o "chefe de obras", Kha e sua esposa, Merit, que viveram entre os anos 1450 e 1400 a.C.
© Foto / Museu Egípcio de TurimPesquisadores utilizando o espectrômetro de massa transportável em jarro de 3.400 anos
Pesquisadores utilizando o espectrômetro de massa transportável em jarro de 3.400 anos - Sputnik Brasil, 1920, 05.04.2022
Pesquisadores utilizando o espectrômetro de massa transportável em jarro de 3.400 anos
As tumbas foram descobertas em 1906 e se encontram guardadas no Museu Egípcio de Turim, na Itália. Além de ser um dos maiores conjuntos deste tipo, as tumbas nunca haviam sido saqueadas, pois estavam completamente fechadas em razão de um deslizamento de terra, anos atrás.

"A identificação dos materiais associados aos conjuntos funerários oferece uma possibilidade única de complementar, confirmar e alargar a investigação arqueológica sobre os rituais antigos e sobre o uso e finalidade dos vasos e jarros arqueológicos", disse Modugno.

A atual pesquisa faz parte de um grande projeto do museu italiano, que começou em 2017 e pretende terminar em 2024 com a apresentação das tumbas e a divulgação de uma extensa coleção de dados, para comemorar o bicentenário da instituição.
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