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Austrália diz que 'não traiu a Ucrânia' ao assinar novo acordo comercial com a Índia

© AP Photo / Rick RycroftO primeiro-ministro australiano Scott Morrison fala sobre a situação na Ucrânia em uma entrevista coletiva em Sydney, em 23 de fevereiro de 2022
O primeiro-ministro australiano Scott Morrison fala sobre a situação na Ucrânia em uma entrevista coletiva em Sydney, em 23 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.04.2022
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Camberra e Nova Deli estabelecem novo acordo comercial apesar da recusa indiana em sancionar a Rússia pelo conflito na Ucrânia.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, defendeu o acordo comercial assinado recentemente com a Índia. Morrison disse que a decisão de promover as relações com um país que se recusou a denunciar a operação especial militar da Rússia contra a Ucrânia não prejudica o apoio de Camberra a Kiev.
O Acordo de Cooperação Econômica e Comércio Austrália-Índia foi assinado pelo ministro do Comércio da Austrália, Dan Tehan, e pelo ministro do Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, na tarde de sábado (2), em uma cerimônia virtual testemunhada pelos primeiros-ministros de ambos os países, Scott Morrison e Narendra Modi.
O acordo, entre outras coisas, reduz as tarifas de uma série de exportações australianas para a Índia, incluindo carvão, leguminosas, frutos do mar e metais de terras raras. O governo de Morrison saudou o acordo como um marco significativo na diversificação dos mercados de exportação da Austrália e na redução de sua dependência da China.
A assinatura do acordo ocorreu menos de 24 horas depois que o primeiro-ministro indiano recebeu o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Nova Deli. A Índia tem se recusado a condenar a operação especial militar da Rússia na Ucrânia, optando apenas por pedir o fim do conflito.
© AP PhotoFotografia combinada, divulgada pela assessoria de imprensa da Índia, mostrando o primeiro-ministro australiano Scott Morrison, à esquerda, e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, em cúpula virtual, 21 de março de 2022
Fotografia combinada, divulgada pela assessoria de imprensa da Índia, mostrando o primeiro-ministro australiano Scott Morrison, à esquerda, e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, em cúpula virtual, 21 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.04.2022
Fotografia combinada, divulgada pela assessoria de imprensa da Índia, mostrando o primeiro-ministro australiano Scott Morrison, à esquerda, e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, em cúpula virtual, 21 de março de 2022
Comentando o acordo Austrália-Índia na Tasmânia, no sábado, Morrison insistiu que o documento recém-assinado "é sensato e um grande acordo para os interesses da Austrália e da Índia", acrescentando que não acha que "alguém possa questionar o compromisso da Austrália em apoiar o povo da Ucrânia."
O acordo comercial "abrirá uma das maiores portas econômicas que há para abrir no mundo hoje", disse o primeiro-ministro. De acordo com Morrison, laços mais estreitos permitirão que Camberra e Nova Deli discutam várias questões "dentro desse relacionamento, respeitosamente".
Na quarta-feira (30), o ministro do Comércio Turismo Investimento da Austrália, Dan Tehan, que assinou o acordo com a Índia alguns dias depois, lembrou a Nova Deli que é importante que as democracias trabalhem juntas "para manter a abordagem baseada em regras que temos desde a Segunda Guerra Mundial". Sua declaração ecoou a da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, feita no mesmo dia, com Washington e Camberra expressando preocupação com a disposição da Índia de realizar transações comerciais com a Rússia em suas próprias moedas nacionais – algo que o Ocidente vê como uma manobra de Moscou para contornar as sanções impostas no mês passado.
A Austrália está entre as muitas nações que impuseram medidas punitivas à Rússia por causa de sua operação militar na Ucrânia. Além disso, Camberra concordou recentemente em fornecer veículos blindados e outros equipamentos a Kiev.
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