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É preciso plano de suspensão gradual das sanções contra Rússia em caso de acordo de paz, diz Ancara

© AP Photo / Emrah GurelIbrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante entrevista em Istambul
Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante entrevista em Istambul - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2022
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O porta-voz presidencial turco, Ibrahim Kalin, afirmou nesta sexta-feira (1º) que é necessário elaborar um plano para a suspensão gradual das sanções contra a Rússia após ser alcançado um acordo entre Moscou e Kiev.

"É necessário esclarecer todos os detalhes, todo o processo. Por exemplo, publicar um plano de como as sanções contra a Rússia serão gradualmente suspensas. Isso deve ser feito, porque se houver acordos, é preciso saber tudo sobre as etapas seguintes", disse Kalin em entrevista à emissora turca TRT Haber.

O porta-voz reforçou ainda que a Turquia não vai aderir às sanções contra a Rússia. Ancara busca ser mediadora do conflito entre Moscou e Kiev.
Mais cedo nesta sexta-feira (1º), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou por telefone com seu homólogo russo, Vladimir Putin, e ofereceu formalmente que Ancara seja a sede de um encontro com Vladimir Zelensky, presidente ucraniano.

"Já declaramos nossa posição de que não vamos aderir às sanções. Usamos os direitos que nos dá a Convenção de Montreux [tratado de 1936 que confere à Turquia o controle dos estreitos do Bósforo e de Dardanelos e regula a atividade militar na região]. Navios de guerra não são permitidos nos estreitos. Ou seja, os navios de guerra ficarão longe da guerra. Esta é a nossa posição, aceita pelas partes", afirmou Kalin.

© Sputnik / Ramil Sitdikov Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apresentam acordo à imprensa após sete horas de negociações em Sochi, na Rússia, em 22 de outubro de 2019.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apresentam Acordo à imprensa, após sete horas de negociações em Sochi, na Rússia, em 22 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2022
Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, apresentam acordo à imprensa após sete horas de negociações em Sochi, na Rússia, em 22 de outubro de 2019.
Para o porta-voz, "queimar todas as pontes" com a Rússia é inaceitável, pois é necessário dialogar com Moscou. Além disso, eventuais restrições econômicas contra a Rússia não seriam nada benéficas para a Turquia, segundo ele.

"Sanções turcas contra a Rússia seriam um golpe na economia turca. Atingiriam mais a Turquia do que a Rússia", disse Kalin, garantindo que o país não está sofrendo pressão dos Estados Unidos e do Ocidente para sancionar a Rússia.

A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, de acordo com a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 8.068 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o dobro das 3.616 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência aparecem a Síria (2.608), a Coreia do Norte (2.077), a Venezuela (651), Mianmar (510) e Cuba (208).
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