Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 22 de março
© AP Photo / Heng Sinith
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta terça-feira (22), marcada pela declaração do MRE russo de que as relações Rússia-EUA estão à beira do rompimento, pelo discurso de Biden quando ao seu país possuir armas biológicas na Europa e pelo protesto de Tóquio pela retirada russa do diálogo de paz.
Ilona Szabó é nomeada para Conselho Consultivo do Secretário-Geral da ONU
Ilona Szabó, presidente do Instituto Igarapé, no Brasil, e colunista da Folha, foi nomeada para o Conselho Consultivo de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU. Assim, ela se tornou a única representante da América Latina entre os 12 membros da entidade. O órgão foi criado com o objetivo de melhorar a governança de bens públicos globais, bem como aumentar a eficácia dos acordos multilaterais no âmbito de clima, desenvolvimento sustentável, paz, espaço digital e sistema financeiro internacional. No início de 2022, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, convidou a ex-chanceler alemã Angela Merkel para liderar o conselho, mas ela rejeitou a oferta.
TSE amplia tarefas do grupo de segurança cibernética
Nesta segunda-feira (21), o Tribunal Superior Eleitoral aumentou o número de integrantes da Comissão de Segurança Cibernética da Corte de seis para 11. O vice-presidente do TSE, Alexandre de Moraes, preside o grupo. Além disso, por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, presidente do tribunal, foram atribuídas à comissão novas tarefas como o combate às notícias falsas e ataques à Justiça Eleitoral. A nova portaria de Fachin explica a medida pela necessidade da "efetiva análise de ações de prevenção e enfrentamento de ilícitos decorrentes de tentativas de ataques cibernéticos no ambiente da rede mundial de computadores", tanto como pelo combate à desinformação.
Ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, durante coletiva de imprensa após sua posse, 10 de março de 2022
© Folhapress / Pedro Ladeira
MRE russo: relações entre Rússia e EUA estão à beira do rompimento
As relações entre Moscou e Washington atingiram uma fase crítica por culpa dos EUA, resta saber qual o caminho que os Estados Unidos escolherão, disse hoje, terça-feira (22) o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov. "Ontem [21] foi entregue uma nota de protesto ao embaixador americano, dizendo que a situação colocou as relações à beira do rompimento. Ressalto mais uma vez que a questão é qual a linha que será escolhida pelos EUA", disse Ryabkov aos jornalistas. Mesmo assim, a perspectiva de normalização permanece: os EUA devem parar a escalada nas relações com a Rússia e também exercer influência positiva sobre Kiev. "Eles simplesmente devem cessar a escalada, tanto verbal, quanto do ponto de vista de entrega de armas em massa ao regime de Kiev. Os EUA devem parar de fazer ameaças contra a Rússia." O alto diplomata acentuou ainda que as sanções e pressão norte-americanas não afetarão a firmeza russa em atingir os fins da operação militar especial na Ucrânia.
Placa do prédio do Ministério das Relações Exteriores russo, em Moscou
© Sputnik / Vitaly Belousov
Biden: 'simplesmente não é verdade' que EUA tenham armas biológicas e químicas na Europa
A alegação da Rússia de que os Estados Unidos mantêm armas biológicas ou químicas no continente europeu é falsa e mostra que Moscou considera ela própria o uso potencial desse armamento, disse o presidente norte-americano, Joe Biden, durante uma reunião com homens de negócios. "[Putin] considera que nós, América, temos armas biológicas, bem como químicas na Europa. Simplesmente não é verdade. Posso garantir-vos. Eles também sugerem que a Ucrânia também tem armas biológicas e químicas no seu território. É um sinal claro de que ele considera usar ambas", constatou o mandatário. Além disso, Biden também disse às empresas para ficarem atentas aos ataques cibernéticos da Rússia. "Isso faz parte do manual da Rússia", conforme suas palavras.
Presidente dos EUA, Joe Biden, fala a empresários da associação Business Roundtable, Washington, 21 de março de 2022
© REUTERS / LEAH MILLIS
Japão envia protesto à Rússia após Moscou se retirar do diálogo sobre Tratado de Paz
O Japão enviou um protesto à Rússia pela decisão de Moscou de sair do diálogo sobre o tratado de paz. Na segunda-feira (21), o Ministério das Relações Exteriores russo informou que Moscou, em resposta aos passos hostis de Tóquio, recusa continuar a negociar o Tratado de Paz com o Japão. O tratado estabelece a isenção de vistos para os cidadãos japoneses para ilhas Curilas do Sul, bem como atividade econômica conjunta nestas ilhas. O premiê do país, Fumio Kishida, comentou o passo no parlamento: "É inaceitavelmente duro, absolutamente injustificado e inadmissível. Manifestamos nosso forte protesto". Ao mesmo tempo, quanto à sua posição a respeito dos territórios e ao tratado, Kishida disse que ela ficou inalterada. "Porém, como eu disse antes, em vista dos eventos na Ucrânia, o diálogo com a Federação da Rússia é impossível", ressaltou.
Japonesas oferecem flores e recolhem doações ao lado da embaixada da Ucrânia em Tóquio, 18 de março de 2022
© AP Photo / Hiro Komae
Nenhum sobrevivente encontrado após queda de avião no leste da China
Até hoje, terça-feira (22), as equipes de resgate não encontraram nenhum sobrevivente após a queda do Boeing no leste da China com 132 pessoas a bordo. O avião caiu ontem (21) em uma área montanhosa arborizada no pior desastre aéreo na China desde agosto de 2010. "Destroços do avião foram encontrados no local, mas, até agora, nenhum dos passageiros do avião com quem se perdeu contato foi encontrado", informou o canal de TV estatal chinês, mais de 20 horas após o acidente. O Boeing 737-800 caiu nas proximidades da cidade de Wuzhou, na região de Guangxi. A queda provocou um incêndio, grande o suficiente para ser visto em imagens de satélite da NASA, bem como um enorme fosso na encosta da montanha, conforme relatou a agência Xinhua. A operação de resgate está em andamento, apesar das dificuldades existentes devido ao relevo montanhoso.
Vista do local com destroços do Boeing que caiu no leste da China, na reportagem na televisão em um dos restaurantes em Pequim, 22 de março de 2022
© REUTERS / Tingshu Wang
