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União Europeia armazena pílulas de iodo temendo escalada no conflito na Ucrânia

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Símbolo de perigo radioativo na zona de exclusão de Chernobyl - Sputnik Brasil, 1920, 21.03.2022
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Diante do conflito na Ucrânia, Comissão Europeia acelera planos para melhorar os mecanismos de resposta a incidentes do bloco.
Na medida em que o conflito na Ucrânia segue sua escalada, a Comissão Europeia instou os Estados-membros da união a estocar pílulas de iodo, outras drogas designadas e roupas de proteção nuclear. O bloco segue ainda intensificando os preparativos para lidar com as consequências de um possível ataque químico ou biológico.

"A comissão está trabalhando para garantir que ela melhore a preparação na área das ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares em geral", disse um porta-voz ao Financial Times, nesta segunda-feira (21), acrescentando que a decisão antecede a operação militar especial russa na Ucrânia.

A Rússia colocou suas armas nucleares em alerta máximo alguns dias depois de lançar sua operação militar especial na Ucrânia no final de fevereiro, citando o que descreveu como as "declarações agressivas" feitas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as sanções financeiras draconianas impostas pelo Ocidente.
No início de março, houve um incêndio na usina nuclear de Zaporozhie, na Ucrânia, tomada pelas forças russas. O incêndio foi rapidamente extinto, com a Agência Internacional de Energia Atômica dizendo que "não houve impacto crítico na segurança" na usina.
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Poucos dias depois, Moscou anunciou que havia impedido uma tentativa do que chamou de radicais ucranianos de cortar a energia da antiga usina nuclear de Chernobyl, local do desastre nuclear mais devastador do mundo em 1986.
Os dois incidentes levaram a um aumento na demanda da União Europeia (UE), Rússia e até EUA por pílulas de iodeto de potássio, que ajudam a reduzir o impacto da radiação no sistema humano. No início de março, farmácias na Bélgica, Bulgária, República Tcheca e em outros lugares também relataram que o medicamento acabou.
Os preparativos da UE para incidentes nucleares estão sendo liderados pela Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências em Saúde (HERA, na sigla em inglês), criada em setembro passado depois que o bloco foi pego de surpresa pela pandemia de COVID-19. No entanto, os legisladores europeus insistiram que a HERA precisa trabalhar mais rápido para acompanhar o ritmo dos eventos na Ucrânia.
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"Precisamos tirar fortes lições da COVID-19. Exigimos medidas específicas para instalações nucleares. Nós não estamos prontos. Não temos os estoques", disse a parlamentar europeia Véronique Trillet-Lenoir, que representa o partido En Marche do presidente francês Emmanuel Macron, acrescentando que o bloco também precisa desenvolver um sistema de alertas e monitoramento.

O presidente Vladimir Putin reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como Estados soberanos em 21 de fevereiro, lançando, três dias depois uma operação especial militar na Ucrânia, depois que ambas as repúblicas solicitaram ajuda diante da agressão de Kiev. De acordo com o Ministério da Defesa russo, a missão é direcionada à infraestrutura militar ucraniana e não tem alvos civis.
Dentre as garantias de segurança elencadas pela Rússia, para o fim do conflito na região, está a declaração da Ucrânia como um país oficialmente neutro, que não deve aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) liderada pelos EUA.
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