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Negociações com Kiev continuam apesar dos obstáculos por parte dos EUA, diz Lavrov

© Sputnik / Sergei GuneevSergei Lavrov, chanceler da Rússia
Sergei Lavrov, chanceler da Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2022
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A Rússia em certa época estava disposta a cooperar com o Ocidente até em forma de aliança, mas infelizmente isso não aconteceu, afirmou hoje (19) o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.
Ao discursar neste sábado em um evento na Rússia, Lavrov disse:

"Desde o início do primeiro mandato do presidente Putin - no começo dos anos 2000, estávamos abertos ao Ocidente, estávamos prontos para cooperar em diversas formas, até em formas que o presidente chamou de próximas de aliados. Infelizmente, não funcionou".

O ministro declarou que a Rússia não vai lançar iniciativas para melhorar as relações com o Ocidente: "Vamos ver como eles sairão do impasse em que eles próprios se colocaram".
Comentando a operação especial militar russa na Ucrânia, o alto diplomata reconheceu que a Rússia não tinha outra opção, e acrescentou que Moscou conseguiu "arruinar o projeto antirrusso do Ocidente".
Apontou também que, nas condições atuais, quando o Ocidente está "minando todos os fundamentos do sistema internacional", a cooperação entre a China e a Rússia vai se fortalecer. O comportamento dos países ocidentais, mesmo sem considerar a situação na Ucrânia, demonstra "a falta de confiabilidade" deles, de acordo com suas palavras.
Manifestou ainda a esperança de que a operação seja concluída com um acordo extenso sobre o status neutro da Ucrânia com garantias de segurança para ela.
As negociações com o lado ucraniano continuam, apesar de que Washington tenta manter Kiev sob controle, constatou Lavrov.

"As negociações estão em andamento [...] mas sentimos constantemente que a delegação ucraniana é impedida, é controlada muito provavelmente pelos americanos, não permitindo que ela concorde com as exigências, que consideramos mínimas."

A questão do diálogo entre os ucranianos é um assunto interno deles, que deve começar depois que a operação russa for concluída, sublinhou o chanceler.
Quanto aos mercados do petróleo no contexto do bloqueio das importações russas pelos EUA, Lavrov afirma que tais países como o Irã e a Venezuela defendem a posição de que só o mecanismo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP+, pode aprovar cotas de produção para cada participante.
"Todos nós estamos comprometidos com o formato da OPEP+, onde as cotas para cada participante são discutidas e concertadas na base do consenso. Ainda não vejo razão para acreditar que esse mecanismo seja destruído de alguma forma. Ninguém está interessado nisso."
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