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Ex-assessor do Pentágono explica avanço 'lento' das forças russas na Ucrânia

© SputnikEquipamento militar de unidade de artilharia abandonada das Forças Armadas da Ucrânia em depósito de metais de Berdyansk
Equipamento militar de unidade de artilharia abandonada das Forças Armadas da Ucrânia em depósito de metais de Berdyansk - Sputnik Brasil, 1920, 17.03.2022
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Propaganda no Ocidente criou falsas expectativas de um sucesso do Exército ucraniano, diz oficial aposentado dos EUA.
A Rússia alcançou amplamente seu objetivo de neutralizar os militares ucranianos, mas os governos ocidentais acreditam erroneamente que o progresso alegadamente "lento" da operação especial militar russa, projetada para evitar baixas civis, reflete fraqueza. Ao mesmo tempo, os países ocidentais estão canalizando armas para prolongar os combates, disse o ex-assessor do Pentágono e coronel aposentado do Exército dos EUA, Douglas Macgregor.
Nesta terça-feira (15), o coronel norte-americano, em entrevista ao Grayzone, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, deu ordens estritas desde o início da operação para que baixas civis e grandes danos materiais fossem evitados.
A tática teria retardado o avanço dos russos "ao ponto de dar falsas esperanças aos ucranianos[…] e isso foi aproveitado por pessoas no Ocidente para tentar convencer o mundo de que uma derrota estaria em andamento, quando na verdade é o contrário", disse Macgregor.
Para o coronel aposentado, o conflito, em todas as suas intenções e propósitos, "já está definido.[...] Toda a operação desde o primeiro dia foi focada na destruição das forças militares ucranianas. Isso está em grande parte alcançado."
As unidades ucranianas ainda ativas "estão completamente cercadas e isoladas em várias cidades", disse Macgregor, incluindo até 60.000 combatentes na fronteira com a República Popular de Donetsk, cujos suprimentos provavelmente estão acabando.
Soldado russo durante treinamento militar - Sputnik Brasil, 1920, 17.03.2022
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22º dia da operação especial da Rússia na Ucrânia
A cobertura da mídia sobre os combates, no entanto, ignora essa realidade e pinta um quadro em que os militares russos parecem "ineptos" – nas palavras de alguns senadores dos EUA – porque não derrotaram Kiev em poucos dias. Isso é então usado como argumento pelos defensores da intervenção da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da adoção de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, mas também por aqueles que desejam enviar mais armas para Kiev.
"É muito óbvio que Washington quer que isso continue o maior tempo possível, na esperança de que a Rússia seja desesperadamente prejudicada. Eu simplesmente não vejo isso acontecendo", disse Macgregor.
O maior problema agora, para o coronel, é que "no Ocidente, não há verdade. Há uma ilusão e há essa impressão de sucesso dos ucranianos que não tem sustentação", acrescentou ele. "A maior mentira que ouvi repetida na televisão é que as tropas russas foram instruídas a assassinar deliberadamente civis ucranianos. Isso é um absurdo, é um absurdo".
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pediu ao Congresso dos EUA, na quarta-feira (16), que envie caças, mísseis de defesa aérea e outras armas para Kiev, além de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, para que seu exército possa derrotar a Rússia. Ele usou o mesmo argumento falando aos legisladores canadenses na terça-feira (15).
Macgregor, no entanto, acredita que tais remessas não terão efeito e que a recusa de Zelensky em negociar um armistício só fará com que mais ucranianos sejam mortos.
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