Irã espera que EUA desistam das 'exigências exageradas' na restauração do acordo nuclear

O chefe da diplomacia do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, expressou a esperança de Teerã que os EUA desistam das exigências exageradas no fechamento do acordo nuclear.

Hoje, terça-feira (15), o chanceler iraniano está na Rússia com visita oficial, durante a qual se reuniu com seu homólogo russo, Sergei Lavrov.

"Nós esperamos que o lado americano abandone suas exigências exageradas", disse.

Em 2015, o Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, EUA, França e Irã fecharam o chamado acordo nuclear, o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que previa o cancelamento das sanções em troca da restrição do programa nuclear da nação islâmica. No ano de 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, saiu unilateralmente do acordo e restabeleceu as sanções contra Teerã.

Agora, em Viena, estão em curso negociações para a restauração do JCPOA. Em 27 de dezembro de 2021 começou a oitava rodada.

Além do JCPOA, os chanceleres abordaram a questão da crise na Ucrânia. Na opinião do diplomata iraniano, é necessário regular essa crise por via política. Ele disse que Teerã saúda as negociações entre Moscou e Kiev.

"Falei com meu colega, o senhor Lavrov, sobre os acontecimentos na Ucrânia [...] Entendendo as raízes importantes desses eventos, consideramos que isso deve ser regulado por via política. Nós somos contra a guerra no Afeganistão, Iêmen ou outros países. Não achamos que a guerra seja uma solução para a Ucrânia", afirmou.

Além disso, Amir-Abdollahian disse que o chanceler da Ucrânia, Dmitry Kuleba, pediu que ele entregasse ao homólogo russo sua mensagem sobre a necessidade de uma resolução política da situação na Ucrânia.