Blinken condena ataque russo contra depósito de armas e acampamento de mercenários na Ucrânia

No domingo (13), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o ataque russo com mísseis que atingiu centros militares ucranianos perto da fronteira com a Polônia.

O chefe da diplomacia norte-americana usou as redes sociais para publicar sua declaração. Na sexta-feira (12), o Departamento de Estado dos EUA publicou comunicado informando sobre o envio de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) à Ucrânia para assistência militar.

We condemn the Russian Federation’s missile attack on the International Center for Peacekeeping and Security in Yavoriv, close to Ukraine’s border with Poland. The brutality must stop.

— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) March 13, 2022

Condenamos o ataque com mísseis da Federação da Rússia ao Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança em Yavorov, ​​perto da fronteira da Ucrânia com a Polônia. A brutalidade precisa parar.

Mais cedo no domingo (13), o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o general Igor Konashenkov, relatou que um ataque de alta precisão das Forças Armadas da Rússia realizado contra centros militares ucranianos em Starychi e um campo de treinamento em Yavoriv, ​​destruiu armas e deixou até 180 mercenários estrangeiros mortos.

Os centros militares e o campo de treinamento abrigam um acampamento para mercenários estrangeiros e servem como depósito de armas que estavam sendo enviadas para a Ucrânia do exterior, ainda segundo Konashenkov.

Os mercenários foram atraídos à Ucrânia por um chamado do próprio governo ucraniano para estrangeiros que quisessem se juntar aos esforços militares contra a Rússia no país.

Soldados ucranianos na região de Lugansk, Ucrânia, 24 de fevereiro de 2022

© AFP 2023 / ANATOLY STEPANOV

Desde o dia 24 de fevereiro, uma operação militar especial da Rússia é realizada na Ucrânia. A ação militar é fruto de um pedido de assistência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL, respectivamente) devido ao aumento das violações de cessar-fogo na região.

Ambas as repúblicas da região de Donbass foram reconhecidas no dia 21 de fevereiro deste ano pela Rússia, após oito anos de conflito na região contra forças ucranianas, incluindo grupos armados de extrema-direita de cunho neonazista – o caso do Batalhão de Azov.

Segundo o governo russo, o objetivo da operação é garantir a segurança da população da RPL e RPD através da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.