Ex-procurador-geral americano rotula China de 'maior ameaça' para os EUA

O ex-procurador-geral dos EUA William Barr chamou a China de "maior ameaça" para os Estados Unidos.

Falando no canal de TV americano Fox News sobre o seu novo livro de memórias, o republicano disse que Pequim não é apenas um adversário militar, mas também representa uma ameaça tecnológica.

"A China é a maior ameaça que o país enfrenta, não só militarmente – porque eles estão construindo um Exército muito capaz – mas também tecnologicamente", disse Barr.

"Os chineses têm um plano abrangente e altamente agressivo para assumir o controle de todas as tecnologias-chave do futuro, tais como comunicações 5G, robótica, inteligência artificial – todas as tecnologias que vão ser fundamentais nos anos futuros", notou ele, acrescentando que Pequim tem alcançado sucesso na área de tecnologia por supostamente roubar segredos de outras nações.

O ex-procurador-geral salientou que, nos seus esforços para combater a suposta ameaça da China, o governo de Biden precisa se concentrar no fato de que a posição dos EUA como líder tecnológico torna o país próspero e "cria todas as oportunidades para as gerações futuras e proporciona a nossa segurança".

Os seus comentários surgem em meio à divulgação de um relatório de inteligência dos EUA sobre ameaças globais. O documento menciona a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte.

Em relação à China, a Comunidade de Inteligência apontou que Washington e seus aliados enfrentariam "um ambiente de segurança global cada vez mais complexo e interconectado, marcado pelo crescente espectro de concorrência e conflito entre grandes potências, enquanto ameaças coletivas e transnacionais a todas as nações e atores competem por nossa atenção e recursos finitos".

Nesta sexta-feira (11), o Ministério das Relações Exteriores da China publicou uma imagem com dois gráficos que mostram os gastos militares totais e per capita dos EUA e do mundo.

Nos últimos anos as relações entre as duas nações têm sido tensas devido a divergências sobre uma série de questões, incluindo o comércio, Hong Kong, Taiwan, Tibete, direitos humanos em Xinjiang, a disputa territorial no mar do Sul da China e a origem da pandemia de coronavírus.