Blinken diz que EUA têm 'um conjunto de interesses' em relação à Venezuela

Secretário de Estado diz que Washington tem diversos interesses na Venezuela incluindo "suprimento constante de energia". A autoridade também informou que os Emirados Árabes Unidos vão ajudar a convencer membros da OPEP+ a produzirem mais petróleo.

Nesta quarta-feira (9), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos têm vários interesses em relação à Venezuela, inclusive para garantir um fornecimento estável de petróleo globalmente.

"Temos um conjunto de interesses com a Venezuela. Um dos itens, claro, inclui apoiar as aspirações democráticas do povo venezuelano […] e garantir a libertação de norte-americanos que foram injustamente detidos lá. Também é verdade que temos interesse global em manter um suprimento constante de energia, inclusive por meio de nossos esforços diplomáticos", afirmou.

Ontem (8), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que se reuniu no último sábado (5) com uma delegação enviada pelo governo Biden a Caracas e que seu governo já tomou medidas para proteger economia por conta da crise da Ucrânia.

O secretário de Estado também confirmou que os Emirados Árabes Unidos (EAU) apoiarão os esforços de Washington para convencer os países da OPEP+ a aumentar a produção de petróleo após o governo Biden anunciar ontem (8) a interrupção total das importações de petróleo e gás da Rússia.

"Acho que houve um anúncio há pouco tempo, não tenho certeza se já foi feito publicamente sobre o apoio dos Emirados ao aumento da produção quando se trata da OPEP+, o que acho importante para estabilizar os mercados globais de energia para garantir que haja um suprimento abundante de energia em todo o mundo", disse Blinken em entrevista coletiva com a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Elizabeth Truss.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realiza uma entrevista coletiva conjunta com a secretária de Relações Exteriores britânica, Elizabeth Truss, na Sala Benjamin Franklin do Departamento de Estado em Washington, D.C., EUA, 9 de março de 2022

© REUTERS / Mídia Associada

Também nesta quarta-feira (9), na Rússia, Andrei Turchak, membro sênior do partido Rússia Unida, disse que o fechamento definitivo de empresas no país é observado como uma guerra contra os russos e propôs uma nacionalização dessas companhias como medida de retaliação.