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Kiev não controla Ucrânia, nacionalistas decidem tudo, diz Ministério da Defesa da Rússia

© Sputnik / Viktor AntonyukArredores de Mariupol, durante combates, foto publicada em 7 de março de 2022
Arredores de Mariupol, durante combates, foto publicada em 7 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.03.2022
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O Ministério da Defesa da Rússia criticou a atitude das autoridades ucranianas sobre a passagem de pessoas por corredores humanitários, comentando que apenas um em dez foi aceito.
A Rússia cumpriu todos os preparativos para a evacuação de civis e estrangeiros através de corredores humanitários, mas apenas um foi confirmado por Kiev, afirmou na terça-feira (8) Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia.
"Tendo em conta a rápida deterioração da situação humanitária nas localidades da Ucrânia, onde os nacionalistas continuam segurando à força milhares de civis, incluindo estrangeiros, ontem [7] o lado russo, apesar das constantes violações de todos os acordos pelas autoridades de Kiev, apresentou outra iniciativa para conduzir uma operação humanitária", disse aos jornalistas o coronel-general.
"Infelizmente, das dez vias sugeridas pelo lado ucraniano, duas cada de Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkov e Mariupol, incluindo uma para cada cidade rumo à Federação da Rússia, e também uma cada através dos territórios controlados pelas autoridades de Kiev para a Polônia, Moldávia [e] Romênia, Kiev apenas confirmou oficialmente uma via, desde a cidade de Sumy, através de Poltava, mais além, para a fronteira com a Polônia", acrescentou Mizintsev.
Segundo o alto responsável russo, as autoridades e prefeitos ucranianos receberam ordens para não permitir nenhuma tentativa de evacuação para a Rússia, "ou seja, simplesmente não dão aos cidadãos informação de possível evacuação para a Rússia e a respetiva criação de corredores humanitários diários".
Ele apontou que todas as tentativas de evacuar cidadãos para a Rússia através desses corredores são impedidas por nacionalistas, que controlam a situação na Ucrânia.

"Como resultado da perda da administração civil e legal nas cidades e povoados, o regime de Kiev, com suas ações impotentes, na prática apoia o caos que reina nos territórios controlados pelos gangues banderistas [em referência a Stepan Bandera, colaboracionista nazi ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial], não detecta os múltiplos fatos de saques, que já assumiram dimensões catastróficas", comentou ele.

"Isso diz que oficialmente Kiev não controla a situação no seu próprio país, não consegue garantir o cumprimento de seus compromissos. Todas as decisões fundamentais são essencialmente tomadas por nacionalistas e seus cúmplices", declarou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa russo, acrescentando que esses grupos ameaçam de morte os civis forçados a permanecer nas cidades se tentarem a evacuação para a Rússia.
Participantes de marcha nacionalista dedicada ao 76º aniversário do Exército Insurgente da Ucrânia (organização extremista proibida na Rússia), em Kiev. - Sputnik Brasil, 1920, 05.03.2022
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De acordo com Mikhail Mizintsev, mais de "4,5 milhões de pessoas e cerca de 2.000 estrangeiros" estão sendo feitos reféns e usados como "escudos humanos" por nacionalistas. Segundo o alto responsável, estão sempre surgindo relatos de novos casos de discriminação racial.
Assim, indicou o diretor do centro, o órgão recebeu mais de 2,5 milhões de apelos de habitantes ucranianos e estrangeiros para serem evacuados, mas não pode publicar os dados, visto que eles enfrentam "perseguições, humilhações, tortura e fuzilamentos" se os nacionalistas se apoderarem dessas informações.

Compromissos russos

No que toca ao cumprimento das obrigações por parte da Rússia, Mizintsev informou que 723 estrangeiros da Índia, China, Jordânia e Tunísia foram evacuados através da via entre Sumy e Poltava.
"Atualmente, graças a medidas de segurança sem precedentes tomadas pelas Forças Armadas da Federação da Rússia, foram evacuados 723 indivíduos através dessa via, deles 576 cidadãos da Índia, 115 da China, 20 da Jordânia [e] 12 da Tunísia", disse.
Além disso, ele referiu que a Rússia evacuou sozinha 5.334 pessoas, dentre elas 781 crianças, de zonas perigosas do conflito na Ucrânia, incluindo de Donbass, sendo que um total de mais de 174.000 indivíduos já foi retirado desde o começo da operação especial, incluindo 44.250 crianças.
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