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OTAN criou intencionalmente foco de instabilidade na Ucrânia provocando o conflito, dizem analistas

© Sputnik / David HizanishviliForças da OTAN durante exercícios
Forças da OTAN durante exercícios - Sputnik Brasil, 1920, 05.03.2022
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De acordo com o ex-primeiro-ministro da Ucrânia Nikolai Azarov, a operação militar especial da Rússia começou um dia antes da ofensiva das Forças Armadas ucranianas e dos batalhões nacionalistas contra Donbass, que estava marcada para 25 de fevereiro.
"Na véspera do início da operação, a mídia ocidental intensificou a narrativa da alegada concentração de tropas do Exército russo na fronteira [com a Ucrânia]. No entanto, em anos anteriores, a OTAN, sob pretexto de exercícios, enviou um grande número de soldados para as fronteiras russas do Báltico e para a zona do mar Negro. Estes exercícios representaram uma ameaça à Rússia. Pouco antes do início da operação especial russa, o Exército ucraniano começou um ataque maciço de artilharia em Donbass", disse Hasan Erel, observador político e antigo editor turco da emissora pública da Turquia (TRT, na sigla em inglês).
A campanha da mídia ocidental, que acusava a Rússia de planejar invadir a Ucrânia, começou na primavera (outono no Hemisfério Sul) de 2021. Em abril de 2021, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o número de tropas russas perto das fronteiras ucranianas era o "mais alto" desde 2014.
Em novembro de 2021, a narrativa ganhou segundo fôlego com a agência Bloomberg dizendo que os EUA tinham informações sobre a alegada ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, admitindo ao mesmo tempo que não era claro se Moscou iria realmente invadir. Sob o pretexto de uma aparente "invasão", os EUA e seus aliados da OTAN intensificaram o fornecimento de armas letais à Ucrânia, enquanto milhares de militares da OTAN foram enviados para os Estados-membros do Leste Europeu para "deter" a Rússia.
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Ao mesmo tempo, o Exército ucraniano concentrou um grande contingente ao longo da linha de separação em Donbass, bem como armamento pesado proibido pelos Acordos de Minsk. Em 26 de outubro de 2021, o Exército ucraniano usou pela primeira vez drones turcos Bayraktar contra as forças de autodefesa de Donbass.
Em dezembro de 2021, Kiev tinha concentrado cerca de 125.000 soldados perto da linha de separação com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e intensificando gradualmente o bombardeio da região.
Enquanto acontecia o aumento das tropas da Ucrânia, em meados de dezembro de 2021 a Rússia enviou propostas de acordos de segurança para Washington e a OTAN. Moscou advertiu o Ocidente que, se suas propostas fossem rejeitadas, uma opção técnico-militar estaria em cima da mesa. No entanto, as principais propostas da Rússia foram rejeitadas pelos EUA, OTAN e a União Europeia no final de janeiro de 2022.
"O Ocidente se recusou a fornecer garantias escritas à Rússia de que a Ucrânia e a Geórgia não seriam aceites na OTAN", disse Erel. "Além disso, [anteriormente] foram implantados sistemas de mísseis no território da Polônia, Romênia, Grécia e Estados Bálticos. Assim, a expansão da OTAN, que é ao mesmo tempo cerco da Rússia, passou para uma fase na Ucrânia que era inaceitável para Moscou", explicou o observador político turco.
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De fato, os EUA e seus aliados da OTAN criaram intencionalmente um foco de instabilidade na Ucrânia e provocaram um conflito militar ao encorajar Kiev a não implementar os Acordos de Minsk e fornecendo treinamento ao batalhão neonazista ucraniano Azov e a grupos nacionalistas radicais, segundo Erel.
De acordo com o jornalista turco Alptekin Dursunoglu, a operação especial da Rússia na Ucrânia não deve ser tirada do contexto da expansão da OTAN pós-Guerra Fria.
"Nesta situação, eles [a OTAN] estão tentando criar uma frente na Ucrânia, na fronteira com a Rússia e ao mesmo tempo acusam a Rússia, que procura se proteger de ações contrárias ao direito internacional", disse Dursunoglu, criticando a abordagem de dois pesos duas medidas de Washington. "Isto é completamente inaceitável", concluiu.
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