Brasil é porto seguro para investimento privado durante crise ucraniana, diz Ministério da Economia

Para pasta, Brasil não deve só mostrar seu posicionamento diplomático, mas também fazer o mercado internacional perceber que o país é terra fértil para negócios. No intuito de seguir tal objetivo, ministério defende agenda de reformas e privatizações.

Nesta sexta-feira (2), em nota, o Ministério da Economia analisou que o Brasil precisa mostrar que é um "porto seguro" para investimentos privados ao comentar sobre a crise ucraniana.

"Deve-se monitorar a evolução do cenário internacional em virtude do conflito no Leste Europeu. Com o cenário internacional adverso, cabe ao Brasil, além dos posicionamentos diplomáticos e humanitários, mostrar que é um porto seguro para os investimentos privados", diz a nota divulgada pelo jornal O Globo.

Para cumprir tal objetivo, a pasta liderada por Paulo Guedes diz ser necessário manter a agenda de reformas, e cita o projeto de lei do Novo Marco de Garantias para crédito, a medida provisória (MP) de registros públicos e o projeto de debêntures (título de crédito representativo de empréstimo) incentivadas.

"Seria importante também obter a aprovação legislativa para a privatização dos Correios e realizar a privatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre", manifesta a nota.

Segundo o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, tal propósito mostra a relevância da ida de Guedes aos EUA.

"Por isso a importância do ministro Paulo Guedes ter ido aos Estados Unidos [para] mostrar ao mundo que neste momento o Brasil é um porto seguro para o investimento internacional", declarou.

De acordo com a mídia, as considerações foram feitas pelo ministério ao comentar o resultado do PIB de 2021, divulgado pelo IBGE. Os dados apontaram que o PIB, ao crescer 4,6% em 2021, após forte tombo em 2020, significa que o país recuperou a sua atividade econômica após uma queda forte.

O governo também ressaltou que a variação do PIB brasileiro acumulado no período de 2020-21 foi maior que a de todos os países do G7, exceto os Estados Unidos.

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