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Sanções contra RT e Sputnik continuam somando rejeições de órgãos de imprensa na América Latina

CC0 / Khizar Hayat / Um teclado (imagem de referência)
Um teclado (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 03.03.2022
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As organizações jornalísticas continuam a rejeitar a decisão do Twitter de rotular os jornalistas da Sputnik e da RT, enquanto condenam as sanções à mídia russa.
As sanções contra a mídia russa e jornalistas ligados a elas continuam gerando reações na América Latina, onde várias organizações somaram vozes à condenação das medidas consideradas discriminatórias tomadas pela União Europeia.
À posição já expressa pela Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc) e pela seção latino-americana da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), acrescentou que "os pedidos de censura e as acusações arbitrárias" contra jornalistas "longe de influenciar a resolução do conflito, estigmatizam os trabalhadores da imprensa e atentam contra a liberdade de expressão".
Em 1º de março, depois que o Twitter começou a rotular as contas pessoais de jornalistas que trabalham nos meios de comunicação como RT e Sputnik como "mídia afiliada ao governo" da Rússia, a Fepalc apontou que essas práticas "são uma violação da liberdade de expressão e o livre exercício do jornalismo, pilares fundamentais da democracia".
A Associação Uruguaia de Imprensa (APU), por sua vez, acrescentou em comunicado sua "mais absoluta rejeição e condenação" à decisão do Twitter de rotular jornalistas — uma medida que também afetou um jornalista uruguaio — que considerou uma forma de "submeter vários jornalistas do Uruguai e da região ao ridículo, identificando-os em suas contas pessoais como 'mídia afiliada ao governo' da Rússia".
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Para o sindicato dos jornalistas uruguaios, rotular "não é apenas muito problemático, mas também abusivo e injusto".
Em diálogo com a agência de notícias argentina Télam, o especialista em comunicação argentino, Martín Becerra, considerou que a rotulagem de jornalistas poderia ser reclamada perante a Justiça porque "a decisão da plataforma afeta o direito à identidade, à honra e à própria imagem; o direito do consumidor [Twitter abusa e altera sem esclarecimento prévio ou 'direito de defesa' dos termos de serviço nestes casos]; o direito à liberdade de expressão dos rotulados e também de seus públicos/destinatários, uma vez que alteram o enquadramento de seus conteúdos, seu acesso e sua visibilidade porque o algoritmo reduz sua visibilidade".
A especialista em política e tecnologia Natalia Zuazo disse à Télam que, enquanto outras plataformas têm critérios claros para esse tipo de medida, o Twitter mantém "uma política muito errática" nesse sentido, algo que foi visto, por exemplo, na sanção de contas de Donald Trump.
"Se um robô busca 'Sputnik' e cria rótulos sem muito critério, gera muitos problemas na prática. Por outro lado, além do cartaz estigmatizante, a medida provavelmente reduz o alcance das mensagens dos jornalistas, algo que tem muito impacto em um trabalho que geralmente é mal pago e que requer alguma exposição nas redes", disse ele.
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