FAB deixa 2 aeronaves 'de prontidão' para eventual transporte de cidadãos brasileiros da Ucrânia

Modelo de aeronave já foi usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em missões no Beirute e no Haiti.

Neste sábado (26), a FAB, sob orientações do Ministério da Defesa e coordenação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), colocou de prontidão duas aeronaves KC-390 Millennium para possível transporte de brasileiros evacuados da Ucrânia em face à operação especial militar da Rússia no país.

As aeronaves são do mesmo modelo utilizado em outras missões humanitárias internacionais. Em 2020, foi usado para o transporte de donativos para as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, e em agosto de 2021, transportou apoio emergencial à tragédia causada pelo terremoto no Haiti.

Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores decidiram reservar as aeronaves da FAB para transportar os cidadãos brasileiros na Ucrânia, depois que vídeos com seus relatos tomaram as redes. Com os principais aeroportos fechados, o transporte especial seria uma maneira de evacuá-los do território.

Nesta sexta-feira (25), um trem com brasileiros saiu de Kiev, capital ucraniana, com destino à cidade de Chernovtsi, oeste do país e próximo da fronteira com a Romênia e com a Moldávia.

Posição do Brasil

Na sexta-feira (25), o Brasil foi um dos 11 países que votaram a favor da resolução de condenar a Rússia "pela invasão da Ucrânia" em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na ocasião, três países se abstiveram (Índia, China e Emirados Árabes Unidos). A resolução não foi aprovada porque a Rússia, na condição de membro permanente do conselho, vetou a resolução.

Desde que a Rússia iniciou sua operação especial para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia, respondendo aos pedidos das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk por ajuda no combate à agressão das forças ucranianas, o Ocidente tem se referido à ação como uma "invasão russa na Ucrânia".

O Ministério da Defesa russo já afirmou que a operação especial visa apenas a infraestrutura militar ucraniana e que a população civil não está em perigo. Moscou diz que não tem planos de ocupar a Ucrânia.