Bolsonaro não participará de posse de Fachin no TSE por 'extensa agenda', diz Planalto

No começo do mês, Fachin e Moraes foram ao encontro do presidente para convidá-lo para cerimônia, e, em uma reunião de dez minutos com poucas palavras, presidente já não tinha apresentado certeza de que compareceria.

Hoje (22), é o dia em que o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, deixa o cargo para passar o bastão ao ministro Edson Fachin.

Naturalmente, o chefe do Executivo está presente na cerimônia de posse do novo presidente do TSE, entretanto, Jair Bolsonaro (PL), disse que não poderá comparecer por "extensa agenda".

De acordo com a Folha de São Paulo, em ofício enviado ao cerimonial da Corte eleitoral com o assunto "Agradecimento", a chefe de gabinete-adjunta da Presidência, Cláudia Teixeira dos Santos Campos, alega compromissos na agenda do presidente. O documento foi assinado eletronicamente às 17h46 na segunda-feira (21).

"Considerando compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda, o senhor Presidente Jair Bolsonaro não poderá participar do referido evento. Assim, agradece a gentileza e envia cumprimentos", diz o texto do Palácio do Planalto.

Segundo o jornal, Bolsonaro tem quatro compromissos nesta terça-feira (22) para cumprir, no entanto, o último deles acaba às 16h00 e a cerimônia do TSE, que será virtual, começará às 19h00.

Barroso deixa o cargo com muitos entraves vividos entre ele e Bolsonaro por conta do mandatário levantar constantemente dúvidas sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro.

No último dia 17, Barroso defendeu a presença das Forças Armadas no TSE dizendo que a corporação está ali para "para proteger a democracia brasileira, e não para proteger um presidente [Jair Bolsonaro] que quer atacá-la", conforme noticiado.

Edson Fachin assume hoje a cadeira da presidência do TSE e ficará no cargo por seis meses, logo depois, provavelmente passará o bastão para seu vice, o ministro Alexandre de Moraes.