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Ocidente se comprometeu com não expansão da OTAN para leste em 1991, revela mídia

© REUTERS / Valentin OgirenkoBandeira da OTAN em frente do Monumento da Independência em Kiev, Ucrânia, 30 de janeiro de 2022
Bandeira da OTAN em frente do Monumento da Independência em Kiev, Ucrânia, 30 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.02.2022
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Países ocidentais realizaram conversações com a URSS no início de 1991, nas quais foi referido que "a OTAN não se expandirá além do Elba", segundo o jornal Der Spiegel.
Um documento classificado de 1991, obtido dos Arquivos Nacionais do Reino Unido, mostra que os países ocidentais se comprometeram com a não expansão da OTAN para leste, relata na sexta-feira (18) o jornal Der Spiegel.
O documento revela conversações entre o então secretário de Estado dos EUA e os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, França, Reino Unido e URSS em Bonn, em 6 de março de 1991. Segundo o jornal, o texto mostra que os países ocidentais concordaram que a participação de países do Leste Europeu da OTAN seria inaceitável, o que justifica as atuais queixas da Rússia em relação ao bloco militar.
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"Deixamos claro durante as conversações que a OTAN não se expandirá além do [rio] Elba, então não podemos [oferecer] filiação na OTAN à Polônia e outros", disse Jurgen Chrobog, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.
Raymond Seitz, secretário de Estado dos EUA, concordou com Chrobog, segundo o Der Spiegel.
"Deixamos claro à União Soviética que nós não vamos [aproveitar] a retirada de tropas soviéticas do Leste Europeu [...] A OTAN não pode se expandir nem oficialmente, nem não-oficialmente", apontou na época.
A Rússia tem protestado contra a expansão da OTAN desde os anos 1990, considerando que a presença militar do bloco junto de suas fronteiras constitui uma ameaça direta ao país. Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu que Mikhail Gorbachev, ex-líder da URSS (1985-1991), cometeu um erro ao não converter as negociações sobre o não-alargamento da OTAN em um acordo escrito.
Além disso, Moscou tem argumentado que os Estados-membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) acordaram em Istambul, Turquia, em 1999, e em Astana, Cazaquistão, em 2010, o princípio da indivisibilidade da segurança, ou seja, que nenhum Estado pode adquirir segurança à custa da segurança de outro Estado.
Em dezembro, Moscou propôs projetos de acordo com a OTAN, entre cujos pontos principais se incluem o não alargamento da Aliança Atlântica para leste e respetivo regresso às fronteiras de 1997, e a não colocação de meios militares na proximidade entre a Rússia e a OTAN.
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