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EUA criticam viagem de Bolsonaro à Rússia: 'Mina diplomacia internacional'

© Sergei KarpukhinPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia de aposição floral no Túmulo do Soldado Desconhecido no centro de Moscou, Rússia, 16 de fevereiro de 2022.
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a cerimônia de aposição floral no Túmulo do Soldado Desconhecido no centro de Moscou, Rússia, 16 de fevereiro de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 17.02.2022
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Em entrevista a uma emissora de televisão brasileira, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA voltou a criticar a viagem de Jair Bolsonaro à Rússia.
Os Estados Unidos criticaram nesta quinta-feira (17) o momento da visita do presidente brasileiro à Moscou e também a declaração de que o Brasil "se solidariza" com o lado russo.
Segundo um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA em entrevista à Globo News, a afirmação "mina a diplomacia internacional" para evitar um conflito na Ucrânia.
Esta é a segunda declaração em menos de uma semana de um funcionário dos EUA criticando a agenda internacional de Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro (à esquerda), presidente do Brasil, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante encontro oficial no Kremlin. Rússia, 16 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2022
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"O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior", disse o porta-voz.
"Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise", completou.
O funcionário do governo norte-americano voltou a falar sobre o acúmulo de soldados russos na fronteira com a Ucrânia, situação que Moscou já explicou como natural e dentro do seu direito de mover tropas pelo seu território.
"Vemos uma narrativa falsa de que nosso engajamento com o Brasil em relação à Rússia envolve pedir ao Brasil que escolha entre os Estados Unidos e a Rússia. Esse não é o caso. A questão é que o Brasil, como um país importante, parece ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor", disse o porta-voz norte-americano.
O Kremlin negou diversas vezes que tenha a intenção de invadir a Ucrânia, ao mesmo tempo, pede à OTAN que pare de se expandir em direção aos países do Leste Europeu, pois sua expansão cruza as linhas vermelhas russas e ameaça o seu território.
Президент Бразилии Жаир Болсонару во время встречи с президентом РФ Владимиром Путиным в Кремле - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2022
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Hoje (17), Moscou entregou ao embaixador dos EUA na Rússia, John Sullivan, sua reação à resposta dos EUA sobre garantias de segurança, informou a chancelaria russa. Entretanto, Biden disse que ainda não leu o documento.
Bolsonaro teve um encontro reservado com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin na quarta-feira (16). Antes da reunião, ele disse que estava "muito feliz e honrado pelo convite". Putin e Bolsonaro prometeram ampliar a cooperação e a integração entre Rússia e Brasil.
Em uma declaração conjunta, o presidente brasileiro disse apreciar a posição de seu colega sobre a Amazônia, em uma sutil critica a líderes como Joe Biden e Emmanuel Macron, que já insinuaram que o Brasil poderia perder o controle sobre a floresta.
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