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Kremlin: infelizmente, relações entre Rússia e EUA 'praticamente estão no chão'

© Sputnik / Sergei GuneevBandeiras da Rússia e dos EUA, exibidas antes de cúpula entre Vladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respetivamente, na ponte Mont Blanc em Genebra, Suíça
Bandeiras da Rússia e dos EUA, exibidas antes de cúpula entre Vladimir Putin e Joe Biden, presidentes da Rússia e dos EUA, respetivamente, na ponte Mont Blanc em Genebra, Suíça - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2022
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Conforme disse hoje, segunda-feira (14), o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov, infelizmente as relações EUA-Rússia estão em um nível muito baixo.
Contudo, há um momento positivo nos contatos com a atual administração americana: enquanto há dois anos o diálogo era nulo, agora existem alguns canais de diálogo.
"Os líderes dos países estão em diálogo, também se desenvolve o diálogo em outras direções. É um ponto positivo. É um ponto positivo porque, como vocês sabem, apenas dois anos atrás esse mesmo diálogo não existia, não havia nenhuns contatos. Mas, infelizmente, no resto as relações bilaterais são só negativas. Estamos em um ponto muito, muito baixo. Elas estão praticamente no chão", disse Peskov.
O porta-voz ressaltou ainda que a Rússia vai insistir que suas ideias a respeito das garantias de segurança não sejam ignoradas.
"[O presidente Vladimir] Putin é bastante consistente em sua abordagem aos nossos, queria dizer, parceiros, mas eles, infelizmente, agora são mais oponentes do que os parceiros. Ele faz sem rodeios perguntas diretas e aguarda respostas diretas", isso aconteceu tanto em 2007 como em 2022, afirmou Peskov. Mas a Rússia não recebeu essas respostas, acrescentou.
Além do mais, o lado russo vê tentativas de redirecionar a atenção para aspetos secundários. Moscou não está disposta a converter o diálogo com os EUA e OTAN sobre a segurança estratégica em um regime de negociações por muitos anos, uma vez que tal desenvolvimento prejudica os interesses russos, continuou o representante do Kremlin.
"Mais ainda, isso representa uma ameaça para nós, e nós, nos interesses do nosso país, devemos reagir a essa ameaça e tomar medidas que minimizem os riscos decorrentes."
Quanto às negociações sobre a segurança, ele anunciou que o Kremlin está se preparando para o pior, mas espera o melhor, e manifestou a esperança de que os canais de comunicação existentes com o Ocidente permitam encontrar uma solução.
"No tocante às questões que são conceituais para nós, os americanos ignoram as nossas preocupações, eu me refiro à questão das garantias de segurança colocada pelo presidente Putin. Portanto, neste contexto, a situação não é nada boa, mas nós ainda temos esperança. Como pessoas racionais, preparamo-nos para o pior, mas ainda esperamos o melhor", revelou ele.
"Por isso, contamos que esses escassos canais de diálogo nos permitam, não obstante, achar alguma reciprocidade nos nossos oponentes e o desejo de encontrar soluções. Mas soluções não para cumprir uma formalidade, mas que realmente signifiquem a consideração de nossos interesses."
No final do ano passado, Moscou apresentou propostas de garantias de segurança à OTAN e aos EUA, sugerindo limites para o posicionamento de tropas e equipamentos militares, além de sugerir que o bloco deixe de se expandir para perto das fronteiras russas. Porém, até agora as negociações não levaram a nada.
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