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Impacto de restos de planetas em estrela anã branca é observado pela 1ª vez

© NASA . Goddard Space Flight CenterIlustração do planeta WD 1856b orbitando sua fraca estrela anã branca a cada dia e meio. Goddard Space Flight Center da NASA
Ilustração do planeta WD 1856b orbitando sua fraca estrela anã branca a cada dia e meio. Goddard Space Flight Center da NASA - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2022
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Os cientistas da Universidade de Warwick anunciaram ter encontrado a primeira evidência direta de que as anãs brancas acumulam restos de antigos planetas.
Uma equipe de astrônomos conseguiu pela primeira vez observar que os restos de planetas destruídos colidem contra a superfície de uma estrela anã branca, segundo a Universidade de Warwick.
O episódio ocorreu milhares de anos após formação do sistema planetário. Os cientistas utilizaram raios X para detectar o material rochoso e gasoso que deixa um sistema planetário, após a morte de sua estrela anfitriã, ao ser atraído por esta e, finalmente, se integrar em sua superfície, processo que recebe o nome de acreção.
Trata-se da primeira medição direta da acreção de material rochoso em uma anã branca, confirmando décadas de evidências indiretas desse mesmo fenômeno em mais de mil estrelas.
"Esta detecção fornece a primeira evidência direta de que as anãs brancas se apropriam por acreção dos restos de antigos sistemas planetários", observou o doutor Tim Cunningham, do Departamento de Física da Instituição britânica.
"Desta maneira, a pesquisa da acreção fornece uma nova técnica com a qual podemos estudar estes sistemas, pois oferece uma visão do provável destino dos sistemas exoplanetários conhecidos, inclusive nosso próprio Sistema Solar", observou.
O destino das maiorias dos astros, inclusive os que orbitam nosso Sol, é se integrar a uma anã branca, ou seja, uma estrela que queimou todo seu "combustível" e se libertou de suas camadas exteriores.
© Foto / Universidade de Warwick / Mark GarlickRepresentação artística de material planetário impactando a superfície de uma estrela anã branca G29-38
Representação artística de material planetário impactando a superfície de uma estrela anã branca G29-38  - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2022
Representação artística de material planetário impactando a superfície de uma estrela anã branca G29-38
Foram descobertas mais de 300 mil anãs brancas em nossa galáxia, e acredita-se que muitas estão acumulando os restos de planetas e outros corpos celestes que alguma vez orbitaram em torno delas.
Quando o material destes corpos é atraído para uma estrela a uma velocidade suficientemente alta, colide contra a superfície da estrela, formando um plasma aquecido pelo choque. Este plasma se deposita na superfície e, ao esfriar, emite raios X que podem ser detectados.
No entanto, a detecção destes raios é muito difícil, já que a pequena quantidade deles que chega à Terra pode se perder entre outras fontes brilhantes no céu.
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