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Rocha do tamanho de montanha sob costa do Japão age como 'magneto para terremotos', diz estudo

© AFP 2023 / Christian MirandaUm técnico do Centro Sismológico Nacional (CSN) da Universidade do Chile, órgão encarregado de monitorar a atividade sísmica no território chileno, trabalha em Santiago, em 4 de agosto de 2017
Um técnico do Centro Sismológico Nacional (CSN) da Universidade do Chile, órgão encarregado de monitorar a atividade sísmica no território chileno, trabalha em Santiago, em 4 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2022
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Rocha do tamanho de uma montanha, chamada Kumano Pluton, localizada sob a costa japonesa e uma das regiões mais voláteis sismicamente na Terra, pode servir como magneto ou "para-raios" para terremotos, diz um novo estudo.
Nova pesquisa liderada por cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, fez um modelo 3D detalhado da rocha subterrânea na região, demonstrando que essa tem vindo a "desviar energia tectônica para pontos ao longo dos seus lados onde ocorreram vários dos maiores terremotos da região".
O estudo, publicado em 3 de fevereiro na revista científica Nature Geoscience, marca a primeira vez que os cientistas foram capazes de identificar a "extensão completa" da Kumano Pluton, detectada primeiramente em 2006.
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A equipe de pesquisadores reuniu os dados sísmicos recolhidos ao longo de 20 anos e os inseriu no supercomputador LoneStar 5 a fim de compor o modelo 3D de "alta definição" da região.
O modelo mostra a Kumano Pluton como uma protuberância vermelha perto da zona de subducção Nankai, que está na costa sul do Japão. Zonas de subducção são pontos onde as placas tectônicas da Terra colidem ou deslizam umas pelas outras.
Além disso, conforme o modelo, a região desvia a água subterrânea para o interior da Terra.
"Os pesquisadores pensam que a interferência da Pluton com a zona de subducção mais ampla está influenciando as forças tectônicas que causam terremotos", afirmam os cientistas.
Adrien Arnulf, autor principal do estudo e assistente de pesquisa no Instituto de Geofísica na Universidade do Texas, descreveu a descoberta como "abrindo os olhos" e disse que ela poderia ajudar os geofísicos a criarem imagens 3D de outras manchas sísmicas voláteis sob a superfície da Terra.
Lugares como o nordeste do Japão, Nova Zelândia e Cascadia, no noroeste do Pacífico dos EUA, têm outras zonas de subducção e grandes terremotos atingiram todas estas regiões no passado.
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