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Navio naufragado do século XIII e aparentemente incendiado é encontrado na Suécia (FOTOS)

© Foto / Pixabay / johneridenourNaufrágio (imagem referencial)
Naufrágio (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
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Arqueólogos descobriram em uma baía na Suécia os restos de um raro navio mercante, uma coca, do séc. XIII, descrito como sendo também um dos mais antigos naufrágios da época na Europa.
Foi encontrado no ocidente da Suécia um navio mercante que naufragou no séc. XIII, relatou na sexta-feira (4) o jornal Dagens Nyheter.
© Foto / Staffan von Arbin / Universidade de Gotemburgo, SuéciaAnders Gutehall, arqueólogo marinho da Visuell Arkeologi Norden, inspeciona o fundo em Dyngo, Suécia
Anders Gutehall, arqueólogo marinho da Visuell Arkeologi Norden, inspeciona o fundo em Dyngo, Suécia - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
Anders Gutehall, arqueólogo marinho da Visuell Arkeologi Norden, inspeciona o fundo em Dyngo, Suécia
O naufrágio da embarcação, que seria uma coca medieval, mede dez metros de comprimento e cinco metros de largura, apesar de o navio poder ter tido 20 metros de comprimento. As cocas surgiram primeiro no séc. X, mas passaram a ser mais usadas a partir do séc. XII devido às suas capacidades de transportar carga.
O navio parece ter sido encontrado por acaso por uma equipe de arqueólogos da Universidade de Gotemburgo, Suécia, e um grupo de colegas freelancers, no condado de Bohuslan, no fundo lamacento de uma baía rasa chamada Fjallbacka, não muito longe de casas-barcos de veraneio. A equipe teria informação de outro naufrágio, do séc. XVII.
Staffan von Arbin, arqueólogo marinho, explicou que a presença de carvão queimado indica que o navio deve ter se incendiado antes de naufragar. Não ficou claro se foi um acidente ou um ataque hostil, sendo um assalto por piratas para roubar os bens a bordo uma possibilidade.
© Foto / Anders SaldemarkStaffan von Arbin, arqueólogo marinho, estuda amostras de madeira retiradas do naufrágio de navio na baía Fjallbacka, Suécia. As amostras foram datadas entre 1233 e 1240. O claramente visível musgo era comumente usado para selar tábuas durante a Idade Média
Staffan von Arbin, arqueólogo marinho, estuda amostras de madeira retiradas do naufrágio de navio na baía Fjallbacka, Suécia. As amostras foram datadas entre 1233 e 1240. O claramente visível musgo era comumente usado para selar tábuas durante a Idade Média - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
Staffan von Arbin, arqueólogo marinho, estuda amostras de madeira retiradas do naufrágio de navio na baía Fjallbacka, Suécia. As amostras foram datadas entre 1233 e 1240. O claramente visível musgo era comumente usado para selar tábuas durante a Idade Média
Os marinheiros medievais não tinham mapas ou bússolas e confiavam inteiramente no seu próprio conhecimento ou pilotos locais. Assim, eles seguiam a costa sempre que possível e evitavam navegar à noite. Quando a escuridão chegava, os marinheiros tomavam refúgio em portos locais ou baías abrigadas como a de Fjallbacka.
Aoife Daly, dendrocronologista do Instituto Saxo de Copenhague, Dinamarca, analisou a madeira da embarcação, determinando que ela foi construída com carvalhos do noroeste da Alemanha abatidos entre 1233 e 1240.
Isso aponta a uma ligação à Liga Hanseática, que detinha uma grande proporção do comércio no norte da Europa medieval, pois Bohuslan, então parte da Noruega, tinha importantes rotas comerciais ao longo de sua costa. Os navios as usavam nos seus percursos entre o mar Báltico e as Ilhas Britânicas e mais para sul na Europa.
De acordo com Arbin, até agora apenas foram encontrados 12 naufrágios do séc. XIII na Suécia, sendo este o mais antigo descoberto no condado de Bohuslan e um dos mais antigos em toda a Europa.
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