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China se opõe a 'ações unilaterais' sobre Caxemira enquanto aprofunda laços de defesa com Paquistão

© FotoPresidente chinês, Xi Jinping, durante negociações com o premiê paquistanês, Imran Khan, 6 de fevereiro de 2022
Presidente chinês, Xi Jinping, durante negociações com o premiê paquistanês, Imran Khan, 6 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
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O presidente chinês, Xi Jinping, realizou negociações abrangentes com o premiê paquistanês, Imran Khan, no domingo (6), nas quais eles concordaram em lançar investimentos na saúde, indústria, comércio e no domínio digital.
O acordo foi alcançado como uma nova fase do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC, na sigla em inglês), um projeto de bilhões de dólares veementemente contestado por Nova Deli, já que, segundo o governo indiano, o projeto diretamente "colide com a questão da soberania e integridade territorial da Índia".
"O lado chinês reiterou que o assunto da Caxemira é uma disputa que ficou da história, e deve ser adequadamente e pacificamente resolvido com base na Carta da ONU, resoluções relevantes do Conselho de Segurança e acordos bilaterais. A China se opõe a quaisquer ações unilaterais que compliquem a situação", diz o comunicado conjunto.
A referência à Caxemira surge uma vez que ambos os países abertamente manifestam sua oposição ao intuito de Nova Deli de separar as regiões de Jammu e Caxemira, administradas pela Índia, em dois territórios da União em agosto de 2019.
Ambas as nações consideram as ações unilaterais da Índia uma violação dos acordos internacionais, como o Tratado de Ximelá e o Acordo de Paz e Tranquilidade na Fronteira de 1993.
Além disso, a China também insistiu em acelerar a construção e operação do porto paquistanês de Gwadar, que vai prover uma rota alternativa para navios no estreito de Malaca, um ponto estratégico no oceano Índico cercado pelos parceiros próximos aos EUA, como Cingapura e Índia.
Tive uma ótima reunião com o presidente chinês Xi Jinping hoje [6]. Concordamos em fortalecer ainda mais nossas relações estratégicas e econômicas; e acelerar a segunda fase do CPEC.
Cerca de 8% das importações de energia chinesas do Oriente Médio atravessa esse ponto, tornando a oferta vulnerável a um conflito com os EUA ou a Índia.
O premiê do Paquistão fez todo o possível para garantir a realização do projeto CPEC e proteger os empregados chineses. Nove cidadãos chineses envolvidos nas obras do CPEC foram mortos em explosão de um homem-bomba no ano passado, que foi organizado, segundo Islamabad, com apoio da agência de espionagem externa da Índia, RAW.
A China, por sua vez, apoiou o Paquistão na proteção de sua soberania e no combate ao terrorismo com uma cooperação mais robusta em defesa e segurança, o que eles consideram ser "um fator importante de paz e estabilidade na região".
Nos últimos meses, Pequim aumentou as entregas de equipamento militar, como destróieres e caças, ao Exército do Paquistão, em uma tentativa de "equilibrar a dinâmica de segurança" na região do Índico.
No domingo (6), o comunicado conjunto após os resultados da reunião também "exortou a comunidade internacional a prestar assistência contínua e abrangente para apoiar o Afeganistão, inclusive através de descongelamento dos ativos financeiros afegãos".
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