El País diz ter obtido acesso às respostas dos EUA e OTAN às propostas de segurança russas

O jornal espanhol El País reconheceu que as propostas feitas por Moscou podem ser objeto de um diálogo construtivo entre as partes envolvidas.

Uma fonte diplomática confirmou à Sputnik a veracidade das respostas dos EUA e da OTAN publicadas no jornal espanhol El País relacionadas às propostas de segurança russas.

O jornal afirmou que a OTAN declarou à Rússia que não quer um confronto, mas que não cederá em questões de princípio.

Os EUA afirmaram estar prontos para discutir com a Rússia as obrigações mútuas para limitar a implantação de forças e sistemas ofensivos de mísseis na Ucrânia, bem como considerar medidas adicionais para evitar incidentes com a Rússia tanto no mar quanto no ar, e a criação de um mecanismo para a não instalação de mísseis de cruzeiro Tomahawk na Romênia e Polônia.

De acordo com o El País, os EUA também estão prontos para iniciar um diálogo com a Rússia sobre o controle de armas na esfera dos mísseis de curto e médio alcance. Washington propõe iniciar rapidamente um diálogo sobre o tratado Novo START.

De acordo com os documentos a que o El País teve acesso, os EUA dizem estar prontos para trabalhar com a Rússia no Conselho Rússia-OTAN, contudo dizem seguir apoiando a política de "portas abertas" da Aliança.

Segundo a mídia, em resposta às propostas russas, os EUA e a OTAN confirmaram que vão se abster de implantar armas nucleares no Leste Europeu. A OTAN também quer que a Rússia interrompa os testes de armas antissatélite.

Na quarta-feira (26), Washington e Bruxelas entregaram a resposta por escrito às propostas de Moscou.

Vários países no Ocidente têm acusado a Rússia desde 2021 de aumentar as tensões em torno da Ucrânia, mas Moscou responde que essas acusações têm o objetivo de encobrir as mobilizações militares por parte da própria OTAN, incluindo na Ucrânia.

O Kremlin diz que a movimentação de tropas russas dentro de suas próprias fronteiras não é uma ameaça a ninguém e propõe reduzir as tensões através da diminuição da atividade militar nas proximidades entre a Rússia e a OTAN, incluindo o compromisso de a aliança não se expandir mais para leste.