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Militares das Forças Armadas dizem que corporação apoiará qualquer candidato eleito em 2022

© Foto / Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro (foto de arquivo)
Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 01.02.2022
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Ao longo de sua polêmica gestão, Bolsonaro teria diminuído prestígio das Forças Armadas diante do país, uma vez que a instituição tem sua imagem bastante atrelada ao governo. Segundo autoridades, a corporação não seria obstáculo para terceiro mandato de Lula.
A vinculação da imagem e do governo do presidente, Jair Bolsonaro (PL) com as Forças Armadas sempre foi muito forte, até mesmo pelo fato de seu vice, general Hamilton Mourão, ser militar assim como o próprio presidente que hoje em dia tem o título de capitão reformado do Exército.
No entanto, generais da reserva das Forças Armadas disseram que a corporação respeitaria uma possível vitória do ex-presidente Lula nas eleições deste ano, segundo o UOL.
"Quem vencer as eleições será o governante do Brasil. Não existe nenhuma outra opção que não seja respeitar a vontade do povo [...] Não vejo nenhuma condição de imaginar outro comportamento diferente das Forças Armadas", disse o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Já o general Paulo Chagas, afirmou que muitos dos seus colegas se aborreceram com o presidente por ele não conseguir cumprir a plataforma anticorrupção sobre a qual se elegeu.
Segundo Chagas, apesar do ceticismo dos militares com Lula, as Forças Armadas reconhecerão uma vitória eleitoral justa.
"A fragilidade política do atual presidente é tão grande que ele se viu obrigado a negociar sua permanência no poder com os políticos que ele chamava de ladrões no Congresso Nacional, os mesmos que o acusavam de ser fascista e que tratam Lula como um estadista", declarou.
Outro militar que faz coro aos colegas é o comandante da Força Aérea Brasileira, Carlos de Almeida Baptista Junior, quando disse ao jornal Folha de S.Paulo no domingo (30) que os militares não têm partido e que prestarão "continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas".
© Foto / Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / CC BY 2.0O presidente, Jair Bolsonaro, em encontro com os novos comandantes das Forças Armadas, 31 de março de 2021
O presidente, Jair Bolsonaro, em encontro com os novos comandantes das Forças Armadas, 31 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.02.2022
O presidente, Jair Bolsonaro, em encontro com os novos comandantes das Forças Armadas, 31 de março de 2021
Na visão de Celso Amorim, ex-ministro da Defesa (2011-2015) do governo Dilma, o prestígio dos militares foi afetado a partir do momento que Bolsonaro misturou seu governo com as Forças Armadas, e assim, inseriu a corporação em meio a uma economia fraca, gestão conturbada da pandemia e polêmicas com STF e o TSE.
"As Forças Armadas foram chamadas e seduzidas pela perspectiva de ter uma maior participação. Hoje muitos saíram, se desiludiram, alguns até de forma muito eloquente com relação ao governo, e outros estão calados", disse Amorim.
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