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Improvável EUA regressarem ao JCPOA sem Irã liberar 'reféns' norte-americanos, diz Washington

© REUTERS / Delegação da União Europeia em Viena / EEAS / HandoutDelegação do Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês) e Ali Bagheri Kani, negociador do Irã, esperam pelo começo de reunião em Viena, Áustria, 17 de dezembro de 2021
Delegação do Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês) e Ali Bagheri Kani, negociador do Irã, esperam pelo começo de reunião em Viena, Áustria, 17 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.01.2022
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Enviado especial dos EUA nas negociações do acordo nuclear com o Irã falou à Reuters, afirmando que há quatro pessoas detidas no país persa por questões políticas, sugerindo uma ligação entre as questões.
Os EUA não deverão assinar um acordo nuclear com o Irã sem Teerã libertar quatro cidadãos norte-americanos que Washington diz serem reféns, relatou no domingo (24) o principal negociador americano em entrevista à agência britânica Reuters.
Robert Malley, enviado especial dos EUA a Viena, Áustria, repetiu a posição anterior do país de que as pessoas supostamente detidas no Irã são uma questão separada, mas ao mesmo tempo pareceu a ligar inextricavelmente às negociações do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).

"São separadas e estamos perseguindo ambas. Mas vou dizer que é muito difícil para nós imaginar regressar ao acordo nuclear enquanto quatro americanos inocentes estão sendo mantidos reféns pelo Irã", indicou.

"Então, mesmo enquanto estamos conduzindo negociações indiretamente com o Irã no dossiê nuclear, nós estamos conduzindo, também de forma indireta, discussões com eles para assegurar a liberação de nossos reféns", explicou Malley.
A Reuters também falou com Barry Rosen, ex-diplomata dos EUA e um dos reféns nos anos 1979-1981 no Irã, após a Revolução Islâmica no país. Ele participou de uma greve de fome para liberar as pessoas no Irã, que apreciaram o gesto, mas também o imploraram a parar por não ser mais necessário. Rosen decidiu parar ao fim de cinco dias.
Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, fala durante coletiva de imprensa em Teerã, Irã, 15 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2022
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Parem 'comportamento agressivo', diz Irã sobre EUA tentarem impor prazo às negociações
Em resposta à exigência norte-americana, o Ministério das Relações Exteriores do Irã excluiu a hipótese de ela ser uma precondição para o regresso ao JCPOA e culpou Washington pela lentidão das negociações.

"Irã nunca aceitou quaisquer precondições [...] Os comentários do funcionário dos EUA sobre a liberação de prisioneiros dos EUA no Irã são para consumo interno", disse Saeed Khatibzadeh, porta-voz da chancelaria iraniana, durante uma coletiva de imprensa semanal, citado pela Reuters.

Teerã nega ter prisioneiros políticos, insistindo que as acusações estão relacionadas a espionagem e à segurança nacional do Irã.
Os EUA assinaram em 2015 com alguns outros países, incluindo o Irã, o JCPOA, com o objetivo de limitar o programa nuclear do país, em troca de retirar sanções.
No entanto, sob a administração de Donald Trump (2017-2021), Washington acusou Teerã, sem provas, de violar o acordo e o abandonou em 2018, restaurando sanções ao Irã. Isso levou o país persa a também começar a se afastar dos termos do acordo nuclear em 2019.
Após a entrada em funções em 2021 da administração do atual presidente Joe Biden, os EUA acederam às negociações para retomar o acordo, mas a Casa Branca seguiu com uma política dura anti-iraniana, impondo muitas mais sanções que as que removeu e continuando o estado de conflito com o país no Oriente Médio em diversos incidentes e afirmações.
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