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Fragmentos arrancados de pequenas galáxias podem revelar mistérios da matéria escura, diz estudo

© Foto / NASA, ESA, and J. Dalcanton, B.F. Williams, and M. DurbinImagem da colisão entre duas galáxias tirada pelo telescópio Hubble da NASA
Imagem da colisão entre duas galáxias tirada pelo telescópio Hubble da NASA - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2022
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Astrônomos estão um passo mais perto de descobrir as propriedades da matéria escura que rodeia a nossa galáxia. Tudo graças a um novo mapa de 12 fluxos gigantes de estrelas que rodeiam a Via Láctea, é como se estivessem alimentando a nossa galáxia com material novo.
Há muito tempo que os pesquisadores buscam entender a natureza desses fluxos estelares. Por exemplo, as referidas correntes mostram que a nossa galáxia tem crescido constantemente ao longo de bilhões de anos, dilacerando e absorvendo sistemas estelares menores.
"Observamos esses fluxos sendo destruídos pela atração gravitacional da Via Láctea, e posteriormente tornando-se parte da Via Láctea. Este estudo nos fornece uma visão dos hábitos alimentares da Via Láctea, tais como que tipos de sistemas estrelares menores ela 'come'. À medida que a nossa galáxia envelhece, ela fica mais gorda", disse Ting Li, a autora principal do estudo da Universidade de Toronto.
A pesquisadora e sua equipe internacional de colaboradores iniciaram um programa especial chamado Pesquisa Espectroscópica de Correntes Estelares do Sul (S5, na sigla em inglês) para medir as propriedades de fluxos estelares que são os restos fragmentados de pequenas galáxias vizinhas e aglomerados de estrelas que estão sendo dilacerados pela Via Láctea.
Li e sua equipe são o primeiro grupo de cientistas a estudar um acúmulo tão rico de fluxos estelares, mediando as velocidades das estrelas usando o telescópio óptico de quatro metros AAT, localizado na Austrália.
Para determinar a velocidade com que as estrelas individuais estão se movendo nas correntes, os cientistas usaram o efeito Doppler. Da mesma forma que os radares medem a velocidade dos veículos.
Ao contrário dos projetos anteriores, que estudaram correntes estelares individuais, o S5 foi projetado para medir o máximo de fluxos possível.
As propriedades dos fluxos estelares também indicam a presença de matéria escura invisível na Via Láctea.
"Imagine uma árvore de Natal. Durante a noite vemos as luzes de Natal, mas não a árvore em torno da qual estão envoltas. Mas a forma das luzes revela a forma da árvore. O mesmo acontece com os fluxos estrelares – suas órbitas permitem detectar a matéria escura", explicou o coautor do estudo Geraint F. Lewis, da Universidade de Sydney.
É exatamente a matéria escura que mantém as correntes estelares em suas trajetórias, definindo a forma observável da "árvore de Natal" cósmica.
As correntes estelares podem vir de galáxias que estão em processo de destruição ou de aglomerados de estrelas. Estes últimos diferem das galáxias na medida em que são um grupo conexo de estrelas, nascidas aproximadamente ao mesmo tempo e que se movem dentro da galáxia como um todo.
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