DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Jovem brasileira é premiada depois de descobrir 25 asteroides em projeto da NASA

© Foto / Paris_SaliverosAsteroide (imagem de referência)
Asteroide (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2022
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Segundo a estudante de medicina na USP de Ribeirão Preto Verena Paccola, um dos corpos celestes pode atingir a Terra, mas seu tamanho e possível data de colisão ainda estão em estudo nos EUA.
A estudante brasileira Verena Paccola, 22, foi premiada ao descobrir 25 asteroides depois de participar de projeto da NASA, de acordo com o G1. Segundo ela, um dos corpos pode se chocar com a Terra.
A estudante revela que o corpo celeste é classificado como um asteroide fraco, que se movimenta na órbita de forma mais lenta, mas tanto seu tamanho quanto a data de colisão ainda não foram determinadas.
"Eu ainda não tive tempo de analisar qual dos 25 que é o asteroide fraco, que tem uma órbita diferente do resto. Mas quando eu analisar isso, vai dar para fazer sim o diâmetro, provavelmente, e ter uma ideia da órbita. É porque para definir essas coisas são várias observações no decorrer dos anos, de diferentes partes da Terra, para definir mais coisas dos asteroides", disse em entrevista.
Da ficção para realidade, Verena lembra a protagonista de "Não olhe para cima" (2021), da Netflix, vivida pela atriz Jennifer Lawrence. Mas, enquanto no filme a jovem cientista e seu orientador tentam fazer com que as autoridades reconheçam o perigo iminente, na vida real a descoberta já vem sendo acompanhada de perto pelos cientistas da agência.
"As referências científicas no filme estão muito boas. Eles mostram o mesmo programa que eu usei para achar os asteroides. Falam do centro de Harvard e tudo mais", comentou a estudante, que sonha em conhecer a NASA.
Em 2020, durante a pandemia de COVID-19, Verena ainda estudava para o vestibular da medicina em casa, em Indaiatuba (SP), quando encontrou uma atividade alternativa no site da NASA, um treinamento para buscar por asteroides através de um software.
"Me passaram o cadastro para o software de caçar asteroides. Eles me começaram a me passar pacotes de imagens tiradas de um telescópio que fica no Havaí para eu analisar. Esse programa dá para achar vários corpos celestes, várias coisas no espaço, mas o que eu aprendi a detectar era asteroide mesmo. Tinha programação que eu fazia no software, jogava as imagens. Cada pacote de imagens era composto por quatro imagens tiradas em sequência lá do espaço", explicou.
Asteroide (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 03.01.2022
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A partir das imagens sequenciadas, Verena conseguia analisar se os objetos eram estáticos, ou se possuíam trajetória. A estudante conta que se interessou por caçar asteroides, mas que o software possibilita a observação de toda sorte de corpos celestes.
Depois de enviados os relatórios, a NASA confirmou que a estudante havia descoberto ao menos 25 corpos, sendo que um deles era considerado de grande importância para a agência espacial americana.
Por ser da área da saúde, Verena não sabia que existiam diversas classificações de asteroides e que este que ruma para a Terra está classificado como asteroide fraco.
"Normalmente os que caem na Terra, os que têm chances de colidir, são os asteroides fracos, então eles exigem uma atenção maior", disse. Por conta da descoberta há dois anos, a estudante foi premiada em Brasília, em dezembro de 2021. Verena recebeu um troféu do coordenador do programa Caça Asteroides, da NASA, e do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.
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