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Bolsonaro desvaloriza Ômicron e rejeita vacinação: morreram 'quase zero' crianças da COVID-19

© REUTERS / Adriano MachadoJair Bolsonaro, presidente do Brasil, durante cerimônia no Palácio Planalto em Brasília, Brasil, 16 de dezembro de 2021
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, durante cerimônia no Palácio Planalto em Brasília, Brasil, 16 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 12.01.2022
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O presidente do Brasil deu uma entrevista em que disse que "a Ômicron é bem-vinda" por poder significar o fim da pandemia, e contou que pediu a Queiroga que investigasse os efeitos colaterais das vacinas.
A variante Ômicron da COVID-19 é "bem-vinda" devido à sua "muito pequena" letalidade, não sendo por isso motivo de preocupação, afirmou na segunda-feira(12) em entrevista à Gazeta Brasil o presidente Jair Bolsonaro.
"Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveriam até [...] segundo algumas pessoas estudiosas e sérias — e não vinculadas a farmacêuticas — dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia", apontou, apesar de reconhecer que "ela tem uma capacidade de se difundir muito grande".
O presidente citou o exemplo de uma morte pela nova variante do SARS-CoV-2 em Goiás, mencionando que o paciente "tinha problemas seríssimos". O homem tinha 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica.
Bolsonaro revelou ter ordenado a Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, que divulgasse casos de efeitos colaterais causados pelos imunizantes.
O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 16 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.12.2021
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Ele também criticou a vacinação de crianças, que deve começar antes do fim de janeiro, declarando haver "quase zero, um número muito pequeno" de crianças que morreu da pandemia, e manteve sua oposição ao processo mesmo após ser corrigido pela entrevistadora, que destacou haver mais de 300 menores no Brasil que perderam a vida devido ao vírus.
"Vamos partir do princípio que os números estão certos. Justifica a vacinação? Eu cobrei ontem do ministro Queiroga, da Saúde, a divulgação das pessoas com efeito colateral. Quantas pessoas estão tendo reações adversas no Brasil pós-vacina? Quantas pessoas estão morrendo também por outras causas que são creditadas à COVID-19?", perguntou.

"Trezentas e poucas crianças [mortas] [...] Lamento cada morte, ainda mais de criança, a gente sente muito mais, mas não justifica a vacinação pelos efeitos colaterais adversos que essas pessoas têm", questionou, apesar de os cientistas referirem que as vacinas têm sido aprovadas por órgãos regulatórios de diversos países, incluindo a Anvisa, no Brasil, e que são ferramentas seguras para controlar a pandemia.

Os especialistas reconhecem que a Ômicron parece ser menos letal, mas arrisca sobrecarregar os sistemas de saúde. Nos últimos dias aumentou no Brasil a demanda de testagem e o número de infecções, inclusive em pessoas vacinadas ou que foram infectadas previamente.
Algumas autoridades na América do Norte e na Europa não têm elevado muito as restrições em meio à disseminação da variante Ômicron, argumentando não ser tão mortífera como as cepas anteriores. Apesar de tudo, elas têm estado a favor do processo de vacinação, defendendo que ela reduz a letalidade dos casos, e não negam o grande número de pessoas morrendo do coronavírus nestes últimos dois anos.
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