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Retomada do acordo nuclear com Irã é melhor que colapso das negociações sobre JCPOA, diz Israel

© AP Photo / MEHDI GHASEMIDois técnicos carregam uma caixa contendo concentrado de minério de urânio, conhecido como yellowcake, na Instalação de Conversão de Urânio do Irã, nos arredores da cidade de Isfahan, 410 quilômetros ao sul da capital Teerã, em 8 de agosto de 2005
Dois técnicos carregam uma caixa contendo concentrado de minério de urânio, conhecido como yellowcake, na Instalação de Conversão de Urânio do Irã, nos arredores da cidade de Isfahan, 410 quilômetros ao sul da capital Teerã, em 8 de agosto de 2005 - Sputnik Brasil, 1920, 05.01.2022
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Em dezembro, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, deixou claro que Tel Aviv não se opõe, em princípio, a qualquer acordo que possa ser concluído entre as potências mundiais e Teerã nas negociações em andamento em Viena sobre a possível retomada do acordo nuclear com o Irã.
O chefe da Diretoria de Operações das Forças de Defesa de Israel (IDF), Aharon Haliva, acredita que um retorno ao acordo nuclear com o Irã de 2015 é melhor para Tel Aviv do que o colapso das negociações de Viena sobre o acordo, também conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
A mídia israelense Walla citou fontes governamentais não identificadas dizendo que Haliva acrescentou que um restabelecimento do acordo daria ao Estado judeu mais tempo para se preparar para vários cenários de escalada de tensões com o Irã, e que o país estaria em melhor posição para se preparar para essas possibilidades.
De acordo com Walla, os comentários do chefe da inteligência do IDF foram em resposta ao diretor do Mossad, David Barnea, que continua a se opor ao JCPOA e insiste que ainda há tempo para influenciar os EUA sobre os termos do acordo com o Irã.
"Não está perdido e vale a pena investir tempo e esforço em um diálogo com os americanos sobre o conteúdo do acordo", teria dito Barnea a jornalistas.
As declarações foram feitas depois que o ministro das Relações Exteriores israelense, Yair Lapid, enfatizou que Tel Aviv "não tem problemas" com o JCPOA em princípio e que "um bom negócio é uma coisa boa".
"O segundo melhor seria não haver nenhum acordo, a não ser endurecer as sanções e garantir que o Irã não siga em frente. E o terceiro e pior é um péssimo negócio". No final de novembro, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett deixou claro que seu país manterá sua liberdade de ação se um novo acordo nuclear entre Teerã e as potências mundiais for alcançado nas negociações de Viena.
Yair Lapid, ministro das Relações Exteriores de Israel, durante encontro com Sameh Shoukry, seu homólogo egípcio, Cairo, Egito, 9 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.01.2022
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A última rodada de negociações sobre o JCPOA recomeçou na segunda-feira (3) na capital austríaca após uma curta pausa, com o Departamento de Estado dos EUA dizendo que o Irã deveria "imprimir urgência" às negociações de Viena ou arriscar perder qualquer chance de o acordo ser reativado.
No mês passado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, disse que os EUA não haviam feito nenhuma sugestão que pudesse levar ao restabelecimento do JCPOA ou à redação de um novo acordo durante as negociações em Viena. O Irã espera que os EUA "proponham um texto exequível", caso em que um acordo pode ser alcançado "no menor tempo possível", disse o porta-voz.
Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com o grupo de países P5+1 - EUA, China, França, Rússia, Reino Unido mais Alemanha - e União Europeia. O acordo obrigou Teerã a reduzir seu programa nuclear e reduzir significativamente suas reservas de urânio em troca do cancelamento das sanções, incluindo um embargo de armas de cinco anos.
Em maio de 2018, os EUA abandonaram unilateralmente o acordo e voltaram a impor sanções ao Irã, levando Teerã, um ano depois, a anunciar que estava começando a reduzir seus próprios compromissos com o JCPOA. O governo Biden sinalizou que está pronto para retornar ao acordo com o Irã dizendo que a Casa Branca deveria primeiro cancelar todas as sanções contra a República Islâmica.
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