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'Monstro cósmico' distante é descoberto cuspindo energia equivalente a 1 bilhão de sóis

© AP Photo / Spitzer Space TelescopeEsta imagem composta disponibilizada pela NASA mostra uma estrela de nêutrons, no centro, deixada para trás pela explosão da morte da estrela original na constelação de Touro, observada na Terra como a supernova de 1054 DC. Esta imagem usa dados de três observatórios da NASA: a imagem de raios-X do Chandra é exibida em azul, a imagem ótica do Telescópio Espacial Hubble está em vermelho e amarelo, e a imagem infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer está em roxo. Depois de quase duas décadas na órbita da Terra, examinando o universo com olhos infravermelhos, os controladores terrestres planejam colocar o vacilante Telescópio Espacial Spitzer em hibernação permanente na quinta-feira, 29 de janeiro de 2020
Esta imagem composta disponibilizada pela NASA mostra uma estrela de nêutrons, no centro, deixada para trás pela explosão da morte da estrela original na constelação de Touro, observada na Terra como a supernova de 1054 DC. Esta imagem usa dados de três observatórios da NASA: a imagem de raios-X do Chandra é exibida em azul, a imagem ótica do Telescópio Espacial Hubble está em vermelho e amarelo, e a imagem infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer está em roxo. Depois de quase duas décadas na órbita da Terra, examinando o universo com olhos infravermelhos, os controladores terrestres planejam colocar o vacilante Telescópio Espacial Spitzer em hibernação permanente na quinta-feira, 29 de janeiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 03.01.2022
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Uma estrela magnética densa e distante entrou em erupção violenta, cuspindo tanta energia quanto o nosso Sol produz em 100.000 anos, em apenas 1/10 de segundo, de acordo com observações de uma equipe internacional de pesquisadores.
Uma estrela magnética, ou magnetar, é uma estrela de nêutrons que ostenta um campo magnético excepcionalmente poderoso. Embora os magnetares sejam conhecidos por muitas vezes brilharem de maneira intensa, essas breves erupções representam um desafio para os astrofísicos que desejam estudá-los.
Publicado na revista Nature, o time de pesquisadores conseguiu capturar uma dessas chamas imprevisíveis e calcular as oscilações no brilho do magnetar em erupção, de acordo com seu comunicado traduzido do espanhol.
O flare (ou, explosão) foi detectado em 15 de abril de 2020 pelo instrumento Monitor de Interações Atmosfera-Espaço (ASIM, na sigla em inglês) na Estação Espacial Internacional (EEI). Sua inteligência artificial (IA) ampliou a explosão, oferecendo à equipe uma oportunidade de analisar aquela breve onda de energia.
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Os autores do estudo levaram mais de um ano para analisar os dois segundos de dados do ASIM. Eles fizeram isso dividindo o flare em quatro fases com base na produção de energia do magnetar. Eles foram então capazes de medir as variações no campo magnético da estrela causadas pelo pulso de energia.

Estrelas magnéticas do Universo

O magnetar é uma estrela de nêutrons cuja característica definidora é ter um campo magnético ultra-poderoso (cerca de 1.000 vezes mais forte que o da Terra). Uma estrela de nêutrons se forma quando uma estrela massiva morre no que é chamado de supernova, uma explosão massiva. Prótons e elétrons em seu núcleo são esmagados em uma massa solar comprimida.
Vastas quantidades de energia são liberadas por magnetares na forma de chamas, raios X e explosões de raios gama. Os astrofísicos ainda não sabem exatamente como um magnetar gera seu campo magnético e as breves erupções ainda representam um desafio a ser estudado. Os magnetares possuem campos magnéticos mais poderosos do que qualquer outro objeto magnético no Universo.

"Mesmo em um estado inativo, os magnetares podem ser 100.000 vezes mais luminosos do que o nosso Sol", disse o principal autor do estudo, Alberto J. Castro-Tirado.

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"Mas no caso do flash que estudamos [GRB2001415] a energia que foi liberada é equivalente à que o nosso Sol irradia em 100.000 anos", acrescentou o professor e pesquisador do Instituto de Astrofísica da Andaluzia do Conselho de Pesquisa Espanhol.
O magnetar cuja erupção a equipe observou está localizado na galáxia do Escultor, a cerca de 13 milhões de anos-luz da Terra.
O coautor do estudo e diretor do Laboratório de Processamento de Imagens da Universidade de Valência, Victor Reglero, o descreveu como um "verdadeiro monstro cósmico".
O flare no estudo é a explosão magnetar mais distante detectada até o momento. Com os cientistas especulando que tais erupções podem ser causadas pelos chamados "terremotos", este novo estudo pode ajudar os pesquisadores a sondar ainda mais os fatores enigmáticos que desencadeiam as explosões de energia dos magnetares.
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