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EUA ameaçam intervir na Somália após presidente do país demitir premiê antes das eleições

© REUTERS / Feisal OmarMohamed Abdullahi Mohamed, ou Farmaajo, fala com delegados durante negociação eleitoral em Mogadishu, Somália, 27 de maio de 2021
Mohamed Abdullahi Mohamed, ou Farmaajo, fala com delegados durante negociação eleitoral em Mogadishu, Somália, 27 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2021
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Washington condenou o presidente da Somália, por demitir o primeiro-ministro do país, que lhe bloqueou a extensão do mandato. Em abril, os EUA já criticaram o premiê por bloquear a extensão do mandato do presidente.
Washington ameaçou Mohamed Abdullahi Mohamed, presidente da Somália, também apelidado de Farmaajo, após ele tentar remover do poder Mohamed Roble, primeiro-ministro do país, que está supervisionando o longo processo eleitoral do país.
Os EUA estão preparados para agir contra os que obstroem o caminho à paz da Somália. A tentativa de suspensão de Mohamed Roble é alarmante, e apoiamos seus esforços para eleições rápidas e credíveis. Todas as partes devem desistir de ações e afirmações de escalada.
Apelamos novamente aos líderes da Somália para reduzir as tensões e se abster de todas as provocações ou uso de força. É necessário urgentemente um encontro da NCC [Conselho Consultivo Nacional, na sigla em inglês] para acelerar e melhorar o processo eleitoral, e levar eleições a uma conclusão rápida e credível.
O processo eleitoral da Somália devia ter sido concluído na sexta-feira (24), o último dia em que os eleitores podiam depositar suas cédulas para escolher os representantes na Casa Popular, a câmara baixa do parlamento somali. Após a posse dos representantes, está previsto que comece a seleção indireta do sucessor de Farmaajo.
Depois que Farmaajo tentou alargar seu mandato por dois anos para resolver disputas do processo eleitoral, Roble foi designado para observar as eleições. Na segunda-feira (27) Farmaajo anunciou que estava suspendendo Roble do poder por estar "ligado à corrupção", acusando o premiê de interferência nos processos que investigavam o tópico.
© AFP 2023Militar da Somália em rua da cidade de Mogadíscio, na Somália, 25 de abril de 2021
Militar da Somália em rua da cidade de Mogadíscio, na Somália, 25 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2021
Militar da Somália em rua da cidade de Mogadíscio, na Somália, 25 de abril de 2021
Isso, por sua vez, levou Roble a acusar Farmaajo de querer "destruir instituições governamentais", e ordenou a "todas as forças nacionais somalis" a trabalhar para ele.
Farmaajo tem sido apoiado por muito tempo por Washington por lutar ao lado do Comando Africano dos EUA (USAFRICOM, na sigla em inglês) contra o Al-Shabaab, um grupo ligado à Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), e por avançar os interesses de petróleo dos EUA e do Reino Unido na região, interrompidos por anos pela guerra civil no país africano.
No entanto, quando Roble tentou em abril de 2021 negar a Farmaajo a prorrogação do mandato aprovado pelo Senado, o Departamento de Estado dos EUA ameaçou "usar todas as ferramentas existentes, incluindo sanções e restrições de vistos" contra "esforços para minar a paz e a estabilidade na Somália".
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