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Em 'posição de liderança mundial': satélite da China tira FOTOS de alta precisão de baía nos EUA

© Foto / Pixabay / StockSnapSatélite (imagem referencial)
Satélite (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2021
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A DFH Satellite Company, uma empresa chinesa, informou ter desenvolvido um satélite, com várias capacidades avançadas, que seria superior em vários aspetos ao WorldView-4 dos EUA.
Um pequeno satélite da China fotografou uma vasta região em torno de San Francisco, Califórnia, EUA, relatou na terça-feira (28) o jornal South China Morning Post (SCMP).
De acordo com o SCMP, o Beijing-3, um pequeno satélite comercial de uma tonelada lançado em junho na China, observou desde 500 km de altitude uma área de 3.800 km2 da Baía de San Francisco. Além disso, conseguiu captar fotos de 50 cm por pixel enquanto rodava até 10° por segundo, uma velocidade nunca antes vista em um satélite, escreveu a equipe de pesquisa na revista chinesa Spacecraft Engineering, citada pelo jornal.
"A China entrou relativamente tarde na tecnologia de satélites ágeis, mas conseguiu um grande número de avanços em um curto período de tempo. O nível de nossa tecnologia atingiu uma posição de liderança mundial", disse Yang Fang da empresa DFH Satellite Company, um dos autores principais do estudo.
O Beijing-3 foi considerado pelos pesquisadores o satélite mais ágil em termos de velocidade, podendo ser um dos satélites de observação da Terra mais poderosos alguma vez criados, apesar de seu pequeno tamanho e custos diminutos. O satélite também seria capaz de fotografar em apenas um voo grandes regiões, como a que inclui o rio Yangtze, na China, de 6.300 km de comprimento, enquanto outros modelos precisam de dar múltiplas voltas à Terra ou colaborar com outros satélites.
© Foto / Yang Fang, revista Spacecraft EngineeringImagem do satélite Beijing-3 sobre Baía de San Francisco, EUA
Imagem do satélite Beijing-3 sobre Baía de San Francisco, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2021
Imagem do satélite Beijing-3 sobre Baía de San Francisco, EUA
SCMP indica que o satélite chinês, equipado com Inteligência artificial (IA), pode organizar seu itinerário de voo de modo independente, monitorar 500 regiões de interesse e fazer 100 novas visitas, todas em um período de 24 horas. O Beijing-3 também foi apontado como podendo detectar certos alvos e permitir o controle do terreno tomando fotografias deles.
Comparando com o satélite WorldView-4 dos EUA, um dos mais avançados satélites de observação da Terra, foi notado que o Beijing-3 tem um tempo de resposta duas a três vezes menor, uma faixa de varredura 77% mais larga e um peso duas vezes inferior, apesar de a resolução das fotos ainda ser ligeiramente inferior. A nova plataforma desenvolvida ainda permitiria ao satélite chinês guardar um terabyte de fotos e transmitir dados com velocidades de um gigabit por segundo, características supostamente superiores às dos EUA.
Os cientistas chineses creem também que conseguiram reduzir em uma ordem de magnitude a vibração de seu modelo durante mudanças de posição, impedindo a redução da qualidade de imagem, como ainda acontece no WorldView-4. Isso foi conseguido através de painéis solares, que são controlados por IA, que também gerencia sistemas de arrefecimento avançados de forma a não sobreaquecer componentes do satélite, tais como telescópios e antenas.
A DFH Satellite Company afirmou que, apesar do sucesso do desenvolvimento do Beijing-3, a China ainda tem espaço para crescer em termos de otimização da produção e cadeias de abastecimento, devido ao mercado de satélites de imagens ainda ser dominado principalmente por companhias ocidentais.
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