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Kremlin: EUA não querem reconhecer preocupações da Rússia sobre 'linhas vermelhas' na Ucrânia

© REUTERS / Maksim ShemetovPanorama da sede do Ministério das Relações Exteriores da Rússia e as torres do Kremlin em Moscou, Rússia, 26 de abril de 2021
Panorama da sede do Ministério das Relações Exteriores da Rússia e as torres do Kremlin em Moscou, Rússia, 26 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 17.12.2021
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Dmitry Peskov, porta-voz presidencial da Rússia, comentou as relações russo-americanas, reconhecendo que os líderes dos dois países tentam falar em "tom respeitoso", mas que há divergências profundas na questão da Ucrânia.
Os presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Joe Biden, respetivamente, divergem em muitas questões importantes, apesar do tom relativamente cordial entre os dois chefes de Estado, disse na sexta-feira (17) Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo.

"Eu não disse [que entre os dois líderes há] tom amigável. Há um tom mutuamente respeitoso, construtivo e muito prático. Não são amigos, afinal de contas eles ainda não falaram muito um com o outro", referiu em entrevista à emissora RTVI, mencionando que se encontraram quando Putin era primeiro-ministro, mas que ele e Biden não têm tido muitas oportunidades para falar.

"Pelo menos se pode dizer que Putin e Biden falam confortavelmente, no sentido que explicam sua posição ao outro, falam do problema e dão uma resposta concreta: sim ou não", disse ele.
Por outro lado, segundo Peskov existem divergências fundamentais entre eles.
"Uma coisa é falar educadamente, os líderes de grandes países acabam por não poder falar de outra maneira, e outra coisa é não concordar fortemente um com o outro", apontou o porta-voz.
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"E aqui, claro, infelizmente, podemos constatar uma divergência muito séria nas abordagens conceituais de questões altamente importantes: Putin falou das nossas 'linhas vermelhas', dos nossos interesses nacionais, enquanto Biden disse não estar preparado para reconhecer 'linhas vermelhas'", constatou ele.
A Ucrânia afirma que deseja aderir à Aliança Atlântica, afirmou o porta-voz do Kremlin, comentando que tal é "muito mau para nós, porque dessa maneira a infraestrutura militar da OTAN começa se movendo, se deslocando em direção às nossas fronteiras".

"Mesmo sem a Ucrânia ser membro da OTAN, mesmo agora já vemos o quão gradualmente a aliança começa absorvendo, invadindo o interior da Ucrânia: primeiro fornecem armamento defensivo e moderno, de alta tecnologia, depois ofensivo, depois armamento de uso duplo, depois aparecem lá instrutores da OTAN, que começam ensinando os militares ucranianos a usar esses armamentos complexos, e assim por diante. É essa a invasão rastejante da OTAN na Ucrânia que já está acontecendo."

"Pode a Rússia ficar indiferente a isso? Não, não pode", acrescentou Peskov.
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