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Chefe da inteligência britânica diz que China pode usar moeda digital para controlar mercado mundial

© AP Photo / Mark SchiefelbeinOs participantes se reúnem perto de uma demonstração de um caixa eletrônico que oferece serviços para e-CNY em Pequim, 3 de setembro de 2021
Os participantes se reúnem perto de uma demonstração de um caixa eletrônico que oferece serviços para e-CNY em Pequim, 3 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 12.12.2021
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O Banco Central da China fez vários testes com a moeda digital do governo, a qual, ao contrário das criptomoedas, não promete anonimato a seus usuários. Para chefe do GCHQ, Pequim pode vigiar mercado global através da moeda.
De acordo com Jeremy Fleming, chefe da agência de espionagem digital britânica denominada Sede de Comunicações do Governo (GCHQ na sigla em inglês), a China pode usar renminbi, sua moeda digital, para monitorar e controlar transações monetárias globais. Em sua visão, embora as moedas digitais em geral representem uma "grande oportunidade" para o mundo, elas podem ser mal utilizadas.

"Se implementada incorretamente, dá a um Estado hostil a capacidade de vigiar as transações. Dá-lhes a [...] capacidade de exercer controle sobre o que é conduzido nessas moedas digitais", declarou Fleming em entrevista ao Financial Times.

Ainda segundo o chefe da inteligência do Reino Unido, os esforços de um Estado estrangeiro para reunir informações sobre cidadãos britânicos em massa podem se revelar "profundamente intrusivos" e resultar em uma "erosão da soberania britânica".
O mesmo ainda acrescenta que a China, especificamente, não está coordenando seus esforços para introduzir moedas digitais com outras potências globais como ele esperava.
"No contexto dos próximos Jogos Olímpicos [...] a China está aproveitando todas as oportunidades para projetar sua moeda digital e espera que os visitantes estrangeiros a utilizem da mesma forma que os visitantes nacionais."
Em sua visão, Pequim é o "maior problema estratégico" que Londres enfrenta agora e citou a suposta expansão das "operações de espionagem" e as tentativas de "controle da infraestrutura digital" executadas pela China como principais fontes de preocupação.
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Sendo assim, o governo chinês investe de forma "muito forte, aberta e secretamente" em infraestrutura digital e está começando a moldar as regras globais em termos de "tecnologia e contexto digital", segundo Fleming.
O chefe do GCHQ observou que Londres terá que "elaborar" uma resposta às políticas e aspirações atuais de Pequim, mas ressaltou, entretanto, que qualquer que seja a resposta, os dois Estados precisam manter seu comércio aberto e continuar a cooperar com as mudanças climáticas.
De acordo com o Banco Central da China, que supervisiona o desenvolvimento da moeda on-line, cerca de 140 milhões de pessoas já abriram carteiras para o renminbi, moeda digital chinesa.
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