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Artefato antigo obtido em loja de antiguidades nos EUA é recebido de volta no Iraque (FOTOS)

© REUTERS / SABA KAREEMA "placa dos sonhos de Gilgamesh" roubada do Iraque em 1991, devolvida ao Iraque após ter sido apreendida pelo governo dos EUA, exibida no Ministério das Relações Exteriores em Bagdá, Iraque, 7 de dezembro de 2021
A placa dos sonhos de Gilgamesh roubada do Iraque em 1991, devolvida ao Iraque após ter sido apreendida pelo governo dos EUA, exibida no Ministério das Relações Exteriores em Bagdá, Iraque, 7 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2021
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Um dos milhares de artefatos antigos saqueados e contrabandeados para fora do Iraque, uma placa de argila que reconta parte da "Epopeia de Gilgamesh", acaba de ser formalmente devolvido ao seu país de origem.
A pequena tábua cuneiforme de argila de 3.500 anos é a peça central do programa de repatriação de antiguidades roubadas do Iraque ao longo de décadas. Na terça-feira (7), a peça foi exibida em Bagdá junto de outros dois itens repatriados, recuperados dos EUA e do Reino Unido, uma cabeça de carneiro e uma tábua, ambas sumérias.
© REUTERS / SABA KAREEMA placa dos sonhos de Gilgamesh, roubada do Iraque em 1991, devolvida após ter sido apreendida pelo governo dos EUA, exibida junto de outros artefatos no Ministério das Relações Exteriores em Bagdá, Iraque, 7 de dezembro de 2021
A placa dos sonhos de Gilgamesh, roubada do Iraque em 1991, devolvida após ter sido apreendida pelo governo dos EUA, exibida junto de outros artefatos no Ministério das Relações Exteriores em Bagdá, Iraque, 7 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.12.2021
A placa dos sonhos de Gilgamesh, roubada do Iraque em 1991, devolvida após ter sido apreendida pelo governo dos EUA, exibida junto de outros artefatos no Ministério das Relações Exteriores em Bagdá, Iraque, 7 de dezembro de 2021
A tábua de argila é uma das fontes literárias mais antigas do Iraque, embora sua origem ainda permaneça um mistério. Segundo os pesquisadores, a chamada "placa dos Sonhos de Gilgamesh" reconta a parte do épico sumério em que o herói Gilgamesh conta seus sonhos à sua mãe, a deusa Ninsun, pedindo que ela os interprete.
Segundo a RT, alguns meios de comunicação endereçaram a tábua erroneamente à coleção de 12 tabuinhas encontrada durante a escavação das ruínas da biblioteca do rei assírio Assurbanipal, em 1853, que acabou no Museu Britânico.
Em 1991, durante a Guerra do Golfo, a tabuleta desapareceu de um museu iraquiano e foi transportada para fora do país. O artefato só reapareceu em 2001, no Reino Unido, e foi alegadamente contrabandeado para os Estados Unidos em 2003. Em 2014, a rede de lojas de artesanato Hobby Lobby (cujos proprietários são de famílias cristãs evangélicas), expôs o artefato no Museu da Bíblia em Washington. Posteriormente, mais de 5.500 itens da coleção do museu se revelaram artefatos saqueados.
Em setembro de 2019, agentes federais norte-americanos apreenderam a "placa dos Sonhos de Gilgamesh", e apenas em julho de 2021 um juiz federal autorizou o confisco e transporte do artefato, que ocorreu em setembro junto de mais 17.000 itens roubados recuperados dos EUA.
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