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Com 13º na conta, quanto e como gastar no fim de ano sem se endividar?

© REUTERS / Mark MakelaUm comprador passa por uma representação de Papai Noel de máscara contra a COVID-19, em uma loja em Wilmington, em Delaware, nos EUA, em 19 de novembro de 2020
Um comprador passa por uma representação de Papai Noel de máscara contra a COVID-19, em uma loja em Wilmington, em Delaware, nos EUA, em 19 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2021
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Gastar ou poupar, eis a questão. Esta terça-feira (30) é o último dia para os empregadores depositarem a primeira parcela do 13º salário, e os brasileiros já começam a avaliar o quanto é possível gastar para curtir as festas de final de ano sem começar 2022 com dívidas ou dificuldades financeiras.
Em um ano de estagnação econômica e disparada da inflação, o planejamento financeiro se torna, mais do que nunca, um grande aliado para o bolso. Por isso, a Sputnik Brasil conversou com o educador financeiro José Vignoli, que indicou as melhores estratégias para que os brasileiros não deem um passo maior que a perna no último mês de 2021 que os leve a iniciar aos tropeços um novo ano.
Segundo o especialista, neste momento vivido pelo país, é mais importante começar janeiro sem sobressaltos que afundar o pé no acelerador agora com os gastos de Natal e Réveillon iguais às épocas de vacas gordas.
"Aqueles brasileiros que vão receber o 13º nesse momento da economia em recuperação devem rever muito seus gastos e agir com muita cautela, comprar aquilo que realmente for necessário, quitar suas dívidas e verificar quanto realmente podem gastar nesse período. É algo que exige esforço, cálculo e família unida", alertou Vignoli.
© Folhapress / Luciano ClaudinoComércio em Campinas, São Paulo. O alto índice de inflação prejudica o poder de compra do brasileiro e estagna a economia, 11 de outubro de 2021
Comércio em Campinas, São Paulo. O alto índice de inflação prejudica o poder de compra do brasileiro e estagna a economia, 11 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2021
Comércio em Campinas, São Paulo. O alto índice de inflação prejudica o poder de compra do brasileiro e estagna a economia, 11 de outubro de 2021
O educador financeiro ressalta que quem começou o planejamento para o início de 2022 e esbarrou em dificuldades já deu um passo importante. Quanto antes os brasileiros fizerem os cálculos, menores serão as chances de perderem o controle e derraparem nas "velhas desculpas" de gastos imprevisíveis.

"Se você se antecipou, vai poder tomar atitudes para resolver essa situação. Se tiver que cortar algum lazer, que seja cortado. Se tiver que diminuir a lista de presentes, que diminua a lista. Sem sacrifício, não se alcança nada. Tem que ter muito a cabeça no lugar, verificar como começar o ano sem dívidas, com alguns cortes de gastos para adequar o orçamento", destacou ele.

Fazendo os cálculos

"Já é Natal" nas propagandas da televisão e você ainda não calculou o que de fato precisará comprar? Segundo Vignoli, isso ainda não é motivo para desespero. Ele garante que ainda há tempo de colocar no papel todas as despesas da virada do ano.

"Se você não tem certeza de quais serão os valores que virão, pegue os valores do ano passado e coloque um acréscimo de 5% a 10% para ter pelo menos uma noção do que vai acontecer", indicou.

Com relação a possíveis descontos e parcelamentos, o especialista acredita que o cálculo dependerá de quanto se tem na conta para determinar a capacidade financeira.
CC0 / Jarmoluk / Cartão de crédito
Cartão de crédito - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2021
Cartão de crédito
Mas ele recorda que, em casos de parcelas, é fundamental anotar todos os gastos mensais destrinchados para que se tenha ciência das reais obrigações nos primeiros meses do ano, que, segundo ele, são mais pesados no orçamento.
"A história de não resistir às compras é relativa. A pessoa tem que entender por que ela tem essa vontade irresistível de gastar mesmo não podendo. O 13º é um momento muito importante, da renda extra que vem e que serve para botar a vida em ordem ou parte da vida em ordem", afirmou.
Sem minimizar a importância de presentear entes queridos, o especialista lembra que também é essencial comprar os "mimos" e as recordações com uma situação financeira estável para não trazer preocupações para toda a família.
"Sempre que houver a possibilidade de pagar as dívidas, deve-se fazer isso", apontou.

Investindo o 13º

Para aqueles que pretendem investir o 13º, Vignoli aconselha os fundos de investimento que acompanhem a taxa de juros. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), verificando os percentuais oferecidos e as taxas de administração, também são uma boa opção, segundo o especialista.
Para quem não tem conhecimento suficiente na área de investimentos ou não poderia se mobilizar para estas opções agora, o educador financeiro indica a própria poupança, que, mesmo pagando menos, ainda é mais rentável que deixar as economias na conta corrente, onde o dinheiro acaba sendo mais fluido pela facilidade de gasto e corroído pela inflação com o passar dos meses.
"É uma opção, desde que a pessoa guarde dinheiro e alimente essa poupança sempre, mas procure entender o mercado financeiro para buscar a melhor opção", afirmou.
Nota de dólar na bandeira americana (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2021
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Vignoli ainda ressaltou a importância de se ter a exata noção sobre as próprias dívidas e outros fatores, como créditos consignados, utilização de cheque especial e taxas do rotativo do cartão de crédito.

"É preciso fazer uma radiografia séria da sua situação financeira, esquecer um pouco o que os outros e as redes sociais vão achar e tentar fazer um Natal alegre, que não necessariamente quer dizer gastar muito dinheiro ou gastar o 13º todo", disse o educador.

Segundo o especialista, o brasileiro em geral vai sentir a inflação por conta do aumento do dólar e, consequentemente, dos preços de itens natalinos.
"Por isso, vale muita pesquisa, alguma pechincha e comprar se realmente puder, sem parcelar o que não tem condições de pagar e que possa pesar no início do ano que vem", indicou.
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