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Astrônomos encontram reservatório cósmico de 'petróleo branco' a menos de 17 anos-luz

© Cortesia da NASA, ESA, e R. Hurt (IPAC/Caltech)Esta é uma impressão artística do exoplaneta rochoso do tamanho da Terra GJ 1132 b, localizado a 41 anos-luz de distância em torno de uma estrela anã vermelha. Cientistas usando o telescópio espacial Hubble da NASA encontraram evidências de que este planeta pode ter perdido sua atmosfera original, mas ganharam uma segunda que contém uma mistura tóxica de hidrogênio, metano e cianeto de hidrogênio
Esta é uma impressão artística do exoplaneta rochoso do tamanho da Terra GJ 1132 b, localizado a 41 anos-luz de distância em torno de uma estrela anã vermelha. Cientistas usando o telescópio espacial Hubble da NASA encontraram evidências de que este planeta pode ter perdido sua atmosfera original, mas ganharam uma segunda que contém uma mistura tóxica de hidrogênio, metano e cianeto de hidrogênio - Sputnik Brasil, 1920, 26.11.2021
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Uma equipe de pesquisadores anunciou nesta quarta-feira (24) a descoberta de um imenso depósito de lítio localizado a 16,9 anos-luz de nosso planeta e abrigado no objeto cósmico Reid 1B, a mais antiga e fria anã marrom, onde foi possível verificar a presença desse valioso mineral.
De acordo com o Instituto de Astrofísica das Canárias, que em conjunto com o Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica da Espanha realizou o estudo, anãs marrons ou "estrelas fracassadas" são o elo natural entre estrelas e planetas. Elas são mais massivas do que Júpiter, mas não o suficiente para queimar hidrogênio, que é o combustível que as estrelas usam para brilhar.
Pesquisadores do IAC e do INAOE descobriram uma antiga anã marrom que conserva intactos seus depósitos de lítio. No estudo, eles usaram OSIRIS do telescópio GTC no ORM de LaPalma

"Elas são particularmente interessantes, porque era previsto que alguns desses objetos poderiam preservar intacto o conteúdo de lítio, o chamado 'petróleo branco' por sua raridade e relevância para múltiplas aplicações", explicaram os pesquisadores, que publicaram suas descobertas em detalhes na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Com a ajuda do instrumento OSIRIS (sigla em inglês para sistema óptico para imagens e espectroscopia integrada de resolução baixa e intermediária), instalado no Gran Telescopio Canarias (atualmente o maior telescópio óptico e infravermelho do mundo), a equipe de astrônomos realizou observações espectroscópicas de alta sensibilidade de dois sistemas binários, cujos componentes são quatro anãs marrons, entre fevereiro e agosto deste ano.
De acordo com os pesquisadores, em três das estrelas não havia lítio, mas na outra, a mais fraca e fria dentre elas, a quantidade de lítio foi identificada como sendo 13.000 vezes maior do que a que existe na Terra.
Representação de uma estrela anã branca - Sputnik Brasil, 1920, 23.11.2021
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Descoberta anã branca com rotação mais rápida de todas as encontradas até agora (FOTO)
A estrela, chamada de Reid 1B, significa para os astrônomos "um baú de tesouro escondido".
O coautor do estudo, Carlos del Burgo Díaz, explica que, "embora o lítio primordial tenha sido criado há 13,8 bilhões de anos junto com o hidrogênio e o hélio, como resultado de reações nucleares após o Big Bang, hoje se encontra até quatro vezes mais lítio no Universo".
Segundo o autor principal do estudo, Eduardo Lorenzo Martín Guerrero de Escalante, existem bilhões de anãs marrons na Via Láctea, e o lítio que abrigam "constitui o maior depósito conhecido deste valioso elemento em nossa vizinhança cósmica".
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