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EUA teriam avisado Israel contra 'ataques contraprodutivos' ao programa nuclear iraniano, diz mídia

© AP Photo / Ministério da Defesa do IrãMilitares iranianos carregam caixão de cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh durante seu funeral em Teerã, em 30 de novembro de 2020
Militares iranianos carregam caixão de cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh durante seu funeral em Teerã, em 30 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2021
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Segundo relata o jornal The New York Times, os Estados Unidos avisaram Israel que os ataques ao programa nuclear iraniano são, no final, "contraprodutivos".
No entanto, apesar de seu argumento que as ações de Tel Aviv permitem que Teerã reconstrua um sistema de enriquecimento ainda mais eficiente, as autoridades israelenses rejeitaram os avisos, insistindo que não têm "nenhuma intenção de parar", segundo as fontes citadas pelo veículo de imprensa.
O artigo refere-se ao assassinato do importante cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, no final de novembro de 2020, ao ataque de drone à instalação de pesquisa agrícola e de medicina nucelar de Karaj e a vários incidentes na instalação de enriquecimento de combustível de Natanz, todos atribuídos à inteligência de Israel, que supostamente desligou as instalações de enriquecimento de urânio enquanto destruíam dezenas de centrífugas.
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Mesmo assim, as autoridades americanas advertiram Tel Aviv contra semelhantes esforços "taticamente satisfatórios", insistindo que Teerã também é capaz de reconstruir as instalações de maneira ainda melhor e instalar máquinas mais inovadoras.
Em 2010, a infraestrutura de energia nuclear iraniana foi infectada pelo vírus Stuxnet, supostamente desenhado pelos serviços de inteligência israelense, americano e holandês, causando diversos problemas e forçando o Irã a desligar a maior parte da sua infraestrutura. Entretanto, foi alegado que o Irã já conseguiu melhorar suas defesas no domínio cibernético.
Segundo a mídia, desde o abandono do acordo de 2015, o Irã conseguiu reduzir seu tempo de enriquecimento de urânio necessário para criar a bomba. A redução do cumprimento do acordo pelo Irã incluiu o aumento do estoque de urânio e níveis de enriquecimento para além dos parâmetros estabelecidos pelo acordo nuclear, com Teerã insistindo que seus movimentos estão dentro de seus direitos soberanos e podem ser revertidos se os EUA cancelarem as sanções.
"Antes de [o então presidente Donald] Trump ter decidido abandonar o acordo, Irã aderiu aos limites do acordo de 2015, que, segundo todas as estimativas, o conteve cerca de um ano até atingir o 'ponto de fuga', o momento em que ele vai ter material suficiente para uma bomba. Enquanto as estimativas variam, esse tempo amortecedor diminuiu para um prazo entre três semanas e alguns meses, o que mudaria o cálculo geopolítico em todo o Oriente Médio", segundo o relato.
Os alegados avisos a partir de Washington ocorrem em meio aos esforços contínuos, nas negociações em Viena, de trazer Teerã de volta ao acordo de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
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