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Navios com petroquímicos venezuelanos supostamente entram nos EUA apesar das sanções

© Folhapress / Douglas ComettiVista de refinaria de petróleo utilizada pela Venezuela, no porto do centro histórico de Willemstad, capital da ilha de Curaçao, no Caribe
Vista de refinaria de petróleo utilizada pela Venezuela, no porto do centro histórico de Willemstad, capital da ilha de Curaçao, no Caribe - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2021
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Os supostos desdobramentos do caso se desenrolam enquanto Caracas continua sob domínio das sanções dos Estados Unidos, com o objetivo de levar à deposição do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Pelo menos dois petroleiros transportando metanol venezuelano chegaram aos Estados Unidos, apesar das sanções de Washington contra a indústria petrolífera do país sul-americano, de acordo com o rastreamento de petroleiros e dados alfandegários dos EUA fornecidos à Reuters pela consultoria IHSMarkit.
O metanol, um dos produtos químicos básicos mais importantes da indústria petroquímica, pode ser encontrado na gasolina, tintas, carpetes e plásticos.
Nos últimos anos, as importações de metanol dos EUA superaram as exportações em meio a um aumento nos preços do metanol, mostraram os dados do IHSMarkit.
Os dois carregamentos desses produtos petroquímicos, descarregados nos portos norte-americanos de Houston e South Louisiana, foram produzidos por joint ventures (acordo entre empresas para alianças estratégicas por um objetivo comercial comum) entre a empresa química estatal venezuelana Petroquímica de Venezuela (Pequiven) e parceiros estrangeiros.
© AP Photo / Ernesto VargasPetroleiro venezuelano caminha na refinaria de El Palito durante a chegada do petroleiro iraniano Fortune, perto de Puerto Cabello, na Venezuela
Petroleiro venezuelano caminha na refinaria de El Palito durante a chegada do petroleiro iraniano Fortune, perto de Puerto Cabello, na Venezuela - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2021
Petroleiro venezuelano caminha na refinaria de El Palito durante a chegada do petroleiro iraniano Fortune, perto de Puerto Cabello, na Venezuela
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, bem como sua agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras e a Pequiven ainda não comentaram o relatório.
A Reuters, por sua vez, citou Daniel Pilarski, sócio do escritório de advocacia Watson Farley & Williams LLP, com sede em Nova York, o qual haveria dito que as empresas que exportam metanol venezuelano para a América poderiam obter uma licença do Tesouro dos EUA para prosseguir com o comércio.
De acordo com Pilarski, as empresas também poderiam tomar outras medidas para garantir que a Pequiven não fosse tratada como a vendedora indireta.
Separadamente, a Reuters citou fontes não identificadas que teriam afirmado que as plantas produtoras de metanol estão "em processo de recuperação, já que as receitas das vendas foram permitidas" e que "até mesmo os Estados Unidos estão abrindo suas portas para o metanol venezuelano".
As fontes aparentemente se referiam à estatal venezuelana de óleo e gás Petróleos da Venezuela (PDVSA) e Pequiven, que teriam exportado cerca de 1,75 milhão de toneladas de produtos petroquímicos e derivados este ano, em comparação a 1,03 milhão de toneladas exportadas em todo o ano de 2020.

Sanções americanas contra Venezuela

Desde 2019, os Estados Unidos impuseram várias rodadas de sanções contra a Venezuela, visando o setor de óleo e gás do país, na tentativa de facilitar a saída do presidente Nicolás Maduro em apoio ao ex-chefe da Assembleia Nacional Juan Guaidó, que em janeiro de 2019, proclamou ele próprio como presidente em exercício da nação sul-americana.
Em 28 de janeiro de 2019, o departamento do Tesouro dos EUA designou a estatal venezuelana de óleo e gás PDVSA como sujeita a sanções e, eventualmente, bloqueou sua propriedade e interesses sob jurisdição dos EUA, ao mesmo tempo, proibindo empresas e indivíduos norte-americanos de se envolverem em transações com a gigante do petróleo.
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Em 2020, Washington também sancionou duas empresas subsidiárias da Rosneft da Rússia por ajudar a Venezuela a exportar seu petróleo e, mais tarde, quatro empresas de navegação estrangeiras para transportar o petróleo do país.
Caracas tem se esforçado para encontrar companhias de navegação dispostas a arriscar as sanções dos EUA, com a produção de petróleo no país caindo em mais de um milhão de barris por dia.
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