Elon Musk pode escolher Brasil para abrir fábrica de semicondutores, diz Ministério das Comunicações

Diante da crise mundial que abala setor tecnológico de microchips, empresário estadunidense começa a pensar em alternativas, e pode ser que Brasil seja um dos países eleitos para inaguração de fábrica de semicondutores.

Na segunda-feira (15), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, encontrou com o empreendedor norte-americano, Elon Musk, para discutir parecerias entre o governo brasileiro e as empresas de Musk.

O intuito é que ambos possam desenvolver uso da tecnologia para preservação da floresta amazônica e executar projetos de conectividade para escolas e unidades de Saúde em áreas rurais, conforme noticiado.

Entretanto, outro tópico discutido foi a crise de semicondutores, e Musk, durante a reunião, teria dito que para fugir da "guerra dos microchips" mundo afora, pode ser "obrigado" a investir em uma fábrica de semicondutores, e o Brasil, no caso, seria um dos países candidatos ao aporte, de acordo com a revista Veja.

Segundo a mídia, o assunto veio à tona após o ministro propor a inauguração de uma fábrica da montadora de carros elétricos Tesla em território brasileiro, e mencionar que também tem o interesse de voltar a fazer do Brasil um país relevante na produção de semicondutores, algo que acontecia até a década de 1980.

"Eu o convidei a abrir uma fábrica de semicondutores aqui. Ele me disse que não fazia parte do seu intuito principal investir em uma fábrica de semicondutores, afinal, ele gosta de investir apenas em tecnologias que ainda não existem, mas reconheceu que precisa de semicondutores para tudo. Um carro da Tesla, por exemplo, precisa de dez mil peças", afirmou o ministro.

Como resposta, Faria ouviu de Musk que está no radar a abertura de uma fábrica para microchips.

"Ele vai esperar um ano para ver como essa questão dos semicondutores se desenvolve no mundo, e pode, depois disso, abrir uma fábrica. O Brasil é uma possibilidade", disse o ministro.

A escassez de chips e semicondutores tem trazido dores de cabeça a diversos empresários de todo o mundo, uma vez que com a pandemia, ouve desaceleração na produção dos pequenos chips que são cada vez mais essenciais para produção de diversas coisas, indo de celulares a carros.