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Embaixador angolano: 'Rússia é nosso parceiro estratégico' no campo da energia nuclear pacífica

© Sputnik / Uliana SolovyovaReator nuclear (imagem referencial)
Reator nuclear (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 15.11.2021
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Em entrevista à Sputnik, o embaixador de Angola na Rússia, Augusto da Silva Cunha, abordou vários temas, incluindo perspectivas de cooperação entre Luanda e Moscou na esfera espacial e da defesa, a construção de uma nova usina nuclear, entre outros.
Rússia e Angola pretendem discutir a possibilidade de fornecimento de aeronaves russas na próxima reunião do Comitê de Cooperação Técnico-Militar, disse embaixador.
"Isso será discutido na próxima reunião do Comitê de Cooperação Técnico-Militar", comentou o diplomata respondendo à questão se há informações sobre algum tipo de acordos para compra de aviões.
De acordo com Cunha, essa questão está relacionada com o financiamento e é cedo demais para falar sobre números concretos.
Contudo, ele ressaltou que "é preciso dizer que quase 70% do armamento de Angola são equipamentos de produção soviética ou russa [...] A maioria dos comandantes de escalão superior e médio das Forças Armadas angolanas são graduados de universidades militares russas ou soviéticas, isso mostra o nível de cooperação entre a Rússia e Angola na esfera militar".

Cooperação entre Angola e Rússia na esfera espacial

O país também pretende desenvolver a cooperação com a Rússia na área espacial. Segundo o embaixador, a cooperação continuará, pois trata-se do desenvolvimento de um ramo inteiro da ciência que é muito importante para Angola.
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"É evidente. Quem controla o espaço exterior tem vantagens na Terra. Rússia é um país forte no campo da exploração e uso do espaço exterior. Foi por isso que Angola escolheu a Rússia como parceiro na utilização do espaço exterior", respondeu o embaixador a uma pergunta sobre o futuro da cooperação russo-angolana na esfera espacial.
"Projetos de satélites com a Rússia provavelmente vão continuar. Mas o mais importante agora é lançar o AngoSat-2, porque em 2017 foi perdida a comunicação com o AngoSat-1. Temos a certeza que tudo vai correr bem, o lançamento será bem-sucedido", detalhou Cunha. Em abril de 2018, Rússia e Angola acordaram em construir o satélite AngoSat-2.

Construção de usina nuclear está na pauta entre os países

A construção de uma usina nuclear em Angola também está na pauta, disse na entrevista o embaixador.
"As capacidades nucleares podem ser usadas tanto no ramo energético como em cuidados de saúde. Construir uma usina nuclear [é um negócio] muito caro. O importante é que a questão está na agenda de negociações entre os dois países. Naturalmente, vamos aproveitar as oportunidades oferecidas pela cooperação no domínio da energia nuclear", observou diplomata.
© Sputnik / Grigory SysoevPresidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente de Angola, João Lourenço, durante encontro em Moscou, 4 de abril de 2019
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente de Angola, João Lourenço, durante encontro em Moscou, 4 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 15.11.2021
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e presidente de Angola, João Lourenço, durante encontro em Moscou, 4 de abril de 2019

Planos de produção da vacina russa Sputnik V em Angola

O embaixador também abordou a questão dos planos de produção da vacina russa Sputnik V contra COVID-19 em Angola.
"No que se refere à produção da vacina em Angola, as autoridades sanitárias manifestaram o seu apoio a esta decisão. Evidentemente, isso beneficiaria Angola, porque reduziria o custo da vacina e permitiria a Angola cumprir as metas que tinha estabelecido para a vacinação da população", disse.
"Gostaria de salientar que Angola foi um dos primeiros países a reconhecer a vacina russa Sputnik V. O presidente da República de Angola, João Lourenço, vacinou-se publicamente com a vacina Sputnik V, e muitos outros líderes angolanos também foram vacinados com a vacina russa", disse.
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