DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Homem descobre que teve solitárias no cérebro durante 20 anos após sofrer fortes convulsões

CC BY-SA 3.0 / Mogana Das Murtey and Patchamuthu Ramasamy / TapewormUma cestoda
Uma cestoda  - Sputnik Brasil, 1920, 14.11.2021
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Médicos do estado norte-americano de Massachusetts descreveram um caso peculiar de uma pessoa infectada com solitárias, ou Taenia solium, que estiveram no cérebro do paciente durante duas décadas sem provocarem nenhum sintoma até agora.
O caso foi publicado nesta quinta-feira (11) na The New England Journal of Medicine. O homem em causa, de 38 anos, estava em bom estado de saúde, não apresentava doenças cardiovasculares, respiratórias, gastrointestinais ou neurológicas, também não tinha antecedentes de epilepsia e ninguém conseguia entender por que é que uma noite ele sofreu uma convulsão muito forte que o fez cair da cama.
Quando deu entrada no hospital, as convulsões se repetiram. Os exames toxicológicos do indivíduo estavam normais, ele não tomava medicamentos especiais e o único indício que levou médicos a pensar que poderia se tratar de um parasita cerebral foi o fato de o paciente ter imigrado para os EUA de uma zona rural de Guatemala cerca de 20 anos atrás, avança o portal Ars Technica.
Após terem feito uma tomografia, os médicos detectaram três lesões calcificadas em seu cérebro, resultado da nidação de cistos larvais (sacos fechados que contêm o estágio imaturo de um parasita) das solitárias que tinham migrado para o cérebro.
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O homem foi diagnosticado com uma infecção parasitária chamada neurocisticercose, razão pela qual, provavelmente, será obrigado a tomar medicamentos anticonvulsivos durante o resto da vida.
Estes parasitas podem entrar no organismo de uma pessoa durante ingestão de carne de porco crua ou mal passada. As solitárias sempre começam afetando o trato intestinal, onde podem crescer até dois, ou mesmo até oito, metros de comprimento.
A neurocisticercose manifesta-se na forma de dores de cabeça, problemas de equilíbrio e convulsões e pode provocar morte. A infecção é endêmica em regiões da Ásia e América Central.
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