Cientistas dos EUA priorizam descoberta de planeta similar à Terra na década de 2020

Um novo relatório de académicos norte-americanos estabelece que a descoberta de um planeta similar à Terra será um dos "principais desafios científicos para a astronomia e a astrofísica na próxima década".

Um novo relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA, intitulado "Caminhos para Descoberta em Astronomia e Astrofísica para a Década de 2020", visa identificar as prioridades de pesquisa e de financiamento nos próximos anos, a ter em conta pelos legisladores dos EUA.

O último relatório, lançado em 4 de novembro, indica três áreas de investigação: descobrir um mundo habitável semelhante à Terra; responder às perguntas fundamentais sobre a chamada matéria escura e energia escura; estudar a origem e evolução das galáxias usando novas ferramentas de observação eletromagnética.

Até agora, os cientistas encontraram cerca de 4.500 planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas), mas muitos deles são chamados Júpiteres quentes ou enormes gigantes gasosos que orbitam extremamente perto de sua estrela-mãe.

Descobrir um planeta rochoso similar à Terra de tamanho parecido é um grande desafio para os pesquisadores que, de momento, já identificaram 160 deles.

A astrofísica Fiona Harrison disse à NPR que "a oportunidade científica mais surpreendente à nossa frente nas próximas décadas é a possibilidade de descobrirmos vida em outro planeta a orbitar uma estrela na nossa galáxia".

No entanto, como o telescópio espacial Hubble, de 31 anos, está envelhecendo, a NASA precisará de um mais novo e avançado. Um novo telescópio espacial supostamente possuirá sensores infravermelhos, óticos, ultravioleta e um coronógrafo capaz de bloquear a luz direita de uma estrela para ver objetos pouco perceptíveis em suas proximidades, segundo o site de notícias Axios.