Relações estreitas entre Rússia e China são 'pesadelo estratégico para EUA', afirma portal

© AP Photo / Zha Chunming/XinhuaMinistério da Defesa da Rússia informa que navios da Frota do Pacífico russa chegaram à China para participar nos exercícios navais "Interação Naval 2016"
Ministério da Defesa da Rússia informa que navios da Frota do Pacífico russa chegaram à China para participar nos exercícios navais Interação Naval 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 08.11.2021
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Clint Mallory, colunista do portal americano 19Fortyfive, denominou a aproximação entre Rússia e China de verdadeiro pesadelo estratégico para Washington.
Os esforços dos EUA para competir simultaneamente com Moscou e Pequim estão fazendo com que ambos os países estabeleçam relações estreitas entre si, além de criar interesses comuns contra Washington.
Este é um pesadelo estratégico para os EUA, mas que em grande parte "não conseguimos reconhecer". Tal senário pressagia um futuro em que os EUA não conseguirão defender seus interesses ou os dos seus aliados contra os esforços conjuntos da China e da Rússia, escreve o autor.
"O poder combinado da Rússia e da China constitui um adversário que será quase impossível de derrotar – mesmo que tivéssemos a vontade política para o fazer", ressalta Mallory.
Em sua visão, os EUA poderiam criar tensões encobertas entre os dois países "adversários": para isso, Washington precisa iniciar um diálogo com Moscou para "a retirar dos braços de Pequim" e encontrar caminhos que sirvam os interesses americanos.
O colunista recordou que, na percepção russa, a principal ameaça vem da Europa, mais especificamente da OTAN. A expansão da Aliança Atlântica para leste em direção às fronteiras da Rússia leva à deterioração de suas posições estratégicas.
"Isto significa que uma pequena contribuição, ainda que seja apenas simbólica, para a segurança da Rússia poderia ter um efeito de grandes proporções sobre o comportamento do país, mudando a sua posição em relação à China a nosso favor", salienta Mallory.
O autor sugere aos EUA iniciar negociações com Moscou sobre a expansão da OTAN para leste, aliviar ou alterar o Ato Contra Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês), fazer a Rússia regressar ao G7, bem como iniciar um diálogo na esfera militar.
Se os EUA conseguirem pôr a Rússia do seu lado, isso permitirá que a Casa Branca concentre a maior parte de seus recursos na contenção da China "ameaçadora".
Em meados de outubro, Moscou e Pequim conduziram um exercício militar conjunto no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste).
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