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Moro começa campanha antigoverno: 'Sepultada Lava Jato, a próxima vítima parece ser Plano Real'

© Folhapress / Pedro LadeiraO ministro da Justiça, Sergio Moro, durante entrevista exclusiva à Folha em seu gabinete em Brasília em 19 de março de 2020
O ministro da Justiça, Sergio Moro, durante entrevista exclusiva à Folha em seu gabinete em Brasília em 19 de março de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 05.11.2021
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Uma vez "unha e carne" de Bolsonaro, após deixar o cargo de ministro da Justiça, Sergio Moro começa a preparar terreno para sua candidatura nas eleições de 2022 fazendo críticas sobre as últimas decisões tomadas pelo governo no setor da economia.
De acordo com a revista Veja, o ex-ministro da Justiça e uma das figuras emblemáticas da Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro, está mesmo empenhado para concorrer à presidência da República.
Segundo a mídia, Moro comunicou sua candidatura aos líderes do Partido Podemos, está montando equipe, tem o esboço do slogan que pretende adotar na campanha, rascunha propostas de governo, autorizou conversas sobre alianças, reúne-se com empresários e economistas e escolheu até quem será seu principal adversário no primeiro turno: o presidente Jair Bolsonaro.
"Quero apresentar um projeto para a reconstrução do país", disse o juiz ao comentar a decisão de disputar as eleições do ano que vem.
Sobre seu principal adversário, de quem anteriormente já foi bastante amigo, Moro vem, recentemente, postando conteúdos criticando ações do governo federal, principalmente ligadas à economia.
© AP Photo / Eraldo PeresO então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro durante evento em Brasília em 9 de agosto de 2019, quando ainda tinham bom relacionamento e forte aliança
O então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro durante evento em Brasília em 9 de agosto de 2019, quando ainda tinham bom relacionamento e forte aliança - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
O então ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro durante evento em Brasília em 9 de agosto de 2019, quando ainda tinham bom relacionamento e forte aliança
Em sua coluna hoje (5) na revista Crusoé, Moro faz uma série de observações sobre o tema e diz que a proposta da pasta de Paulo Guedes de romper o teto de gastos sairá caro, principalmente para os mais pobres.
"Na última quarta-feira [3] foi rompido explicitamente o teto de gastos pelo governo com a concordância expressa da área econômica, a pretexto de garantir recursos para expandir o Bolsa Família ou o Auxílio Brasil. Ampliar programas de transferência de renda, considerando o cenário econômico, é positivo, mas isso poderia ser feito sem arrebentar o teto de gastos. O país, sobretudo os mais pobres, pagarão um preço caro pelo populismo do governo federal […]", diz um trecho da coluna.
Moro ainda afirma que "sepultada a Lava Jato pelo atual governo, a próxima vítima parece ser o Plano Real. Estamos brincando na beira do abismo da deterioração institucional e econômica".
Ainda não se tem a certeza da recepção por parte da população à candidatura de Sergio Moro. O magistrado é muito conhecido pela classe média, apoiadores de Bolsonaro e defensores da direita, mas não tem grande representatividade diante da grande "massa".
Talvez, a declaração do vice-presidente, Hamilton Mourão, feita ontem (4), vá de encontro ao que Moro precisa cativar para ter notoriedade em 2022: "Vejo Moro como um nome forte […] agora, tem que empolgar a massa. Hoje, quem empolga as massas são Lula e Bolsonaro".
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